quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

DEIXE O BRASIL ANDAR, MINISTRINHO DA SAÚDE!

 

Após descabida consulta pública, governo desiste de exigir prescrição médica para vacinação de crianças.
Por Redação Ucho.Info/05 de janeiro de 2022.



O Ministério da Saúde tentou obstruir a imunização pediátrica contra Covid-19, realizando consulta pública e criando entraves diversos, mas, em mais um fiasco no palco do negacionismo, divulgou nesta quarta-feira (5) as regras para a vacinação de crianças de 5 a 11 anos. O governo decidiu não exigir prescrição médica para a vacinação de crianças nessa faixa etária.
De acordo com o ministro Marcelo Queiroga, que não se envergonha de sua sabujice, o primeiro lote de vacinas pediátricas está programado para chegar ao País no próximo dia 13 de janeiro. A distribuição dos imunizantes aos estados começará no dia seguinte, o que permitiria o início da vacinação nos municípios entre os dias 14 e 15.
Mesmo dispensando receita médica para a vacinação das crianças, o ministério recomenda que os pais “procurem a recomendação prévia de um médico antes da imunização”. Ou seja, apesar de a consulta pública ter provado que a maioria da população é contra a exigência da prescrição médica”, o discurso negacionista do governo persiste.
O Ministério da Saúde informou ter encomendado “mais de 20 milhões de vacinas pediátricas da Pfizer”, quantidade suficiente para a primeira dose. Segundo o IBGE, o Brasil tem cerca de 20,5 milhões de crianças nessa faixa etária.
“A previsão é que essas [20 milhões de] unidades sejam entregues no primeiro trimestre deste ano. Até o fim de janeiro, a estimativa é que 3,7 milhões de doses cheguem ao país”, destaca o material informativo divulgado pela pasta.

Doses seguras
Durante entrevista coletiva, Queiroga afirmou que a segurança e a eficácia da vacina pediátrica da Pfizer já foram atestadas por diversas agências regulatórias internacionais, mas o governo negacionista de Jair Bolsonaro insistiu na realização de uma pífia consulta pública.
“Isso foi testado através de ensaios clínicos e já logrou aprovação em agências sanitárias respeitáveis, a exemplo do FDA [agência dos Estados Unidos], da Agência Europeia de Medicamentos, e agora teve o aval da Anvisa. Portanto, a Anvisa atestou a segurança regulatória”, elencou Queiroga.
A secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo, afirmou que a decisão de estabelecer intervalo obrigatório de oito semanas entre as doses objetiva aumentar a produção de anticorpos no período.
“Todos sabem que os estudos demonstraram, principalmente em adultos, que em intervalo maior de três semanas há uma maior produção dos anticorpos neutralizantes. Ou seja, nós temos um benefício maior. E se nós não estamos em um cenário epidemiológico onde haja uma necessidade premente de se completar o esquema vacinal primário, é muito melhor para qualquer indivíduo que esse intervalo se amplie”, disse.


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