sexta-feira, 13 de maio de 2022

NÃO DEIXE QUE A REALIDADE VÁ EMBORA!

 Maria Inez França

E eu que não perdia um domingo da catequese. 
Ia , pq era o único lugar que eu podia ir. 
Ia pq todas as outras coisas eram do diabo. 
Fui criada assim. 
Tinha meus 6 anos e de tanto medo, sonhei e senti o cheiro do diabo, pq me diziam que o diabo cheirava a enxofre. 
Ia na catequese para fazer a fila na calçada do padre Francisco e ganhar presentes no Natal. 
Muitos devem se lembrar desse dia. 
As camas, as mesas, ficavam lotadas de presentes. 
Fui poucas vezes, desisti. 
A fila era longa e uma certa pessoa , que “ mandava” nas coisas, ia me trocando, assim como trocava muitas crianças pelas preferidas dela. 
Da última vez, peguei uma régua de madeira que acabei dando para um menino com calça de suspensórios que estava encostado na porta. 
Falei:- pega q não tem mais nada. Não quis distorcer o assunto da Luiza e peço desculpas por isso. 
Continuei na igreja. 
Fui aspirante, filha de Maria , cantei no coral do Alcides de Mattos! 
Fiz parte da pastoral do batismo e creio q preparei muitos pais e padrinhos para essa responsabilidade. 
A história é longa . Paro por aqui.

Da página do facebook de Maria Inez França.

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