Rememorando.
Eu só queria entender algumas coisas que acontecem na minha cidade.
Na mesma semana em que presenciei servente da Escola ‘José Gomide de Castro’ apontar o dedo na cara de uma mãe preocupada com o portão da escola, que permanece aberto sem que ninguém tome providências, e mandando aos berros que ela ‘calasse a boca’, que fosse ‘lavar suas roupas’, que era uma ‘mentirosa’ e que ‘a diretora tem mais o que fazer’.
Pois é, ao mesmo tempo, encontro bilhetinhos nas pastas dos meus sobrinhos estudantes, o pedido, parece ser quase uma exigência, que as mães mandem dinheiro para a compra de votos que elegerão reis e rainhas de uma festa junina que será ali realizada.
Ao mesmo tempo, cruzo com levas e levas de estudantes que deixam os bancos escolares e vão para as ruas batendo de porta em porta a pedir roupas, alimentos e agasalhos para serem doados a pessoas carentes.
Isso é cidadania?
É essa a cidadania e a educação que se aprende na escola de hoje em dia?
Que se formem associações para isso!
E as crianças dos bairros que vêm para a cidade em busca de instrução?
Enquanto aguardam o motorista chegar, elas brigam, gritam, dão pontapés umas nas outras, uma pancadaria generalizada e ninguém se habilita a sair da toca da escola para ver o que está acontecendo lá fora.
Parece que ninguém sabe que tudo o que se passa dentro e fora de uma escola ou a ela relacionado está sendo pago com dinheiro público!
E as escolas rurais?
Tem aluno ensinando e até praticando sexo com os colegas porque o tal ônibus escolar não chega, constantemente se atrasa.
Será que terceirizar significa repassar a responsabilidade para esses terceiros e pronto?
Mas vamos retornar ao caso da servente do ‘Gomide’.
De tanto que as mães cuidaram do bendito portão, que ela acabou fechando-o às 12:35 horas, porém, descobriram depois que ela só ‘fazia de conta’ que fechava.
O cadeado nem chegava a ser utilizado e o portão continuou permanecendo aberto.
Quem será que a tal servente esperava adentrar por aquele portão?
O caso desse portão do Gomide começou na semana em que por aqui rolaram diversos casos de estupros e tentativas.
Quem passava por ali sempre via um papel tirado do computador onde se lia que ‘desacato a funcionário público é crime’.
Que idiotice!
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