O primeiro teatro público de São Paulo tinha lotação para 350 pessoas.
A construção consistia de 3 portas no rés do chão e 3 janelas no 1o. andar.
À altura do saguão, havia uma escada que dava para o camarim governamental e outra que levava aos camarotes, em número de 28, divididos em três ordens.
A plateia era mobiliada com bancos.
Nos camarotes não havia assentos.
As cadeiras eram trazidas de casa e retiradas depois do espetáculo.
Os camarotes de terceira ordem eram os preferidos, pois neles algumas famílias podiam cear nos intervalos, degustando deliciosas empadinhas e cuscuz preparados pelas mucamas.
Velas de cera e candeeiros alimentados com azeite doce e mechas de algodão bem trançadas iluminavam o recinto.
Os atores eram gente humilde e analfabeta, geralmente caixeirinhos de lojas ou vendas e barbeiros, na maioria mulatos, e prostitutas.
Em 1.850, portaria do governo proibiu abusos, vaias, uso de trajes inadequados, sapatos sujos, camisas sem botões, barba e cabelos por fazer.
Peças que ofendiam a moral pública davam até cadeia.
Esse teatro foi demolido em 1.881.
Veja como era bonito o Cine Teatro São Miguel, de São Miguel Arcanjo, que foi construído pelo saudoso sírio Fuad Abrão.
O prédio tem mais de 60 anos de idade e hoje faz parte do patrimônio da família Silva que, inclusive possui um de seus membros postulando a prefeitura da cidade.
Ainda não li o seu programa de governo, mas espero que, ao contrário do atual PSDB, venha a tratar com mais carinho e zelo a cultura da cidade que vem sendo resgatada e preservada por gente da própria localidade.
A foto é única e faz parte do acervo da Família Válio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário