OS PIRATAS VEM AÍ.
O Partido Pirata do Brasil (PPBr) finalmente iça as velas. Em atividade desde 2007, o grupo determinado a levar a bandeira da internet para a política dará o primeiro passo nesta para se tornar, oficialmente, um partido nesta semana. O processo só deve
ser concluído no ano que vem, tornando reais as chances de haver candidatos piratas disputando as eleições em 2014.
“A fundação do partido vai sair. Temos todas as condições pra isso”, diz o webdesigner e pirata de Florianópolis, Wladimir Crippa, de 41 anos. Para criar o partido será necessário um mínimo de 101 assinaturas de membros-fundadores de nove Estados. O grupo fará a cerimônia durante a Campus Party, evento de tecnologia e cultura digital que terá, nesta semana, sua primeira
edição no Recife (PE).
“Vai ser na Campus porque sabemos que vai haver muita gente e precisaremos das assinaturas de mais pessoas, além dos que já são do partido.”
No evento, estará presente Rick Falkvinge, fundador do primeiro partido pirata do mundo, na Suécia. Idealizador do movimento político-partidário que está hoje em mais de 60 países, Falkvinge disse ter preparado um discurso sobre sua trajetória como militante.
Reunião. O encontro será uma oportunidade incomum para essas pessoas que, em muitos dos casos, se conhecem e debatem suas ideias apenas pela internet. Hoje, o grupo passa de 700 membros espalhados em pelo menos 13 estados do País.
Para formar um partido, eles devem aprovar estatuto, programa de governo, formar uma direção nacional, se registrar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), publicar os documentos no Diário Oficial da União, criar diretórios em ao menos nove Estados, coletar cerca de 500 mil assinaturas, sendo 0,1% do eleitorado de cada unidade da federação, levar a papelada para os tribunais regionais e ter a aprovação do TSE.
Piratas do Brasil aproveitam a Campus Party de Recife para fundar o partido a tempo de disputar as eleições de 2014.
22 de julho de 2012
Murilo Roncolato
Link Estadão.
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