quinta-feira, 29 de novembro de 2012

AS CRIANÇAS DE MONTE SANTO.


Para Lídice da Mata, o depoimento de Lenora Panzetti reforçou a existência de vazios e irregularidades nas adoções de Monte Santo e a provável existência de uma quadrilha de tráfico de crianças. Entre diversos elementos, a presença da intermediadora Carmem Topschall — que não é sequer integrante do conselho tutelar ou mesmo moradora da cidade — na adoção de várias crianças em processos de quatro anos atrás foi considerada espantosa.                     VEJA MAIS
— É coincidência demais que uma só cidade possa fornecer tantas crianças — disse.
As respostas da advogada a questionamentos da senadora acrescentaram novos detalhes às investigações:
Carmem Topschall também é adotante de duas crianças de Monte Santo, e os pais adotivos de São Paulo tomaram conhecimento da disponibilidade dos meninos por meio de outra baiana, conhecida por Dora, ela própria adotante de mais duas crianças da região. Dora mora em São Paulo e conhece as famílias adotantes envolvidas na denúncia feita pelo programa Fantástico, da TV Globo. Todos eram frequentadores de “cursos para adoção”.
O juiz Cappio também foi convidado para depor à CPI, mas não pôde comparecer. Segundo informou, estava trabalhando para acolher a solicitação do Ministério Público para que as crianças retornassem à família na Bahia.
— Ele se colocou à disposição para se reunir com os membros da CPI a qualquer tempo. Mas a audiência pública que tivemos na Bahia e a audiência de agora já nos dão muitos elementos para trabalhar nesse caso — explicou Lídice.
A CPI deverá encerrar os trabalhos até o dia 18 de dezembro. Segundo a senadora, o que não for possível concluir deverá ser repassado para que comissão semelhante em funcionamento na Câmara dos Deputados possa investigar.
Jornal do Senado

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