terça-feira, 30 de abril de 2013

POEMA DE GENERINO DOS SANTOS




A MOCIDADE REPUBLICANA À TIRADENTES
                                                  "libertas quae sera tamen"

Oh! não! Essa, que em sangue generoso, 
Não sangue de traidor nem de bastardo,
Plantaste junto à forca, como um cardo,
Que rompe à luz do sol, rubro e espinhoso;

Essa, por quem, modesto e melindroso,
Lutara Benjamin, como um  Bayardo, 
Contra a calúnia vil - o vil moscardo-
Que morde... o próprio ferro venenoso:

Ruja embora a paixão, mais desvairada,
Em coração, mais negro e tenebroso,
Que um coração de loba esfomeada...

Mata? - Não morrerá! Fato assombroso!
Ela vive em nossa alma enraizada
Como um cardo: - arrancá-la... é perigoso! 

( Em 10.05.1.896 - jornal "O Popular", de Campo Limpo/sp, sob a gerência de Jorge Albuquerque Júnior). 

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