quinta-feira, 13 de junho de 2013

PREFEITURA DE ITAPETININGA ENCAMPA HOSPITAL REGIONAL.





Orestes Carossi Filho/
Everton Dias para o Correio de Itapetininga - edição 431


A Prefeitura de Itapetininga assumiu a administração do Hospital Regional. No final da tarde de quinta-feira, dia 6, o secretário de Saúde, Felipe Thibes Galvão, entregou nas mãos dos administradores do Instituto Varti um comunicado sobre a decisão do prefeito Luis Di Fiori (PSDB). Na última segunda-feira, os atuais administradores do hospital declararam que não tinham mais interesse em operar o Hospital Regional. 
Veja o texto da prefeitura sobre a saída do Instituto Varti:
 “Na data de ontem, 5 de junho, a Prefeitura comunicou ao Instituto Varti sua decisão de rescindir o contrato emergencial firmado. Hoje, com advento do decreto a Prefeitura assume os serviços essenciais e urgentes de saúde prestados no Hospital Regional de Itapetininga, temporariamente, a partir desta data. Fica instituída comissão de gestão provisória responsável pelo acompanhamento, execução e fiscalização dos serviços a serem prestados no HRI decorrentes de assunção temporária dos serviços pela prefeitura.”
De acordo com o administrador do Instituto Varti, Wilson Keller, na última segunda-feira, o instituto procurou a prefeitura para informar a desistência de operar o serviço de saúde em Itapetininga. 
“Nós entramos com um pedido para nos isentar das obrigações com o Hospital Regional, mas a prefeitura pediu para que ficássemos até o dia 30 de junho para participar da transição com um novo instituto”, afirma Keller. 


Boletins de ocorrência
Foram abertos dois boletins de ocorrência para apurar desvio de remédios dentro do Hospital Regional e cópias de documentação apresentada. Apesar da confirmação da abertura das ocorrências, os casos são tratados em sigilo. No caso dos remédios, o fato é apurado pela Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise). A reportagem conversou com o delegado Fernando Gaiotto, mas ele informou que não poderia comentar o caso. No caso da documentação, o boletim é apurado 1º Distrito Policial (DP). Também no 1º DP, a reportagem não obteve informação sobre a ocorrência.

Crise 
A saída do Instituto Varti marca o desdobramento da crise da saúde. Os desentendimentos entre a direção do Instituto Varti e integrantes da prefeitura começaram dia 9 de maio, após os secretários de Saúde, Felipe Thibes Galvão, e o secretário de Assuntos Jurídicos, Eliel Ramos Maurício Filho, discordarem dos gastos efetuados pela ONG com recursos do Hospital. “Eles afirmaram que o contrato estava rompido”, informou o diretor do Instituto, Rafael Vilela. Em entrevista, Vilela apontou que a crise vinha do Paço Municipal. 
“Está vindo de dentro da Secretaria Municipal de Saúde essa crise”, afirmou em entrevista ao Correio, o diretor do Instituto Varti. Uma semana depois, dia 16, os vereadores convidaram os integrantes e secretários para explicar os gastos efetuados pelo Hospital. Na ocasião, veio a público que Instituto Varti efetuou pagamentos de consultoria que somam R$ 460 mil de janeiro a abril deste ano.
Com a Consultoria Administrativa BPA Serviços Empresariais Ltda, foram efetuados cinco pagamentos no valor total de R$ 346 mil. O levantamento faz parte da prestação de contas entregue pelo Instituto aos vereadores nesta semana. Em 8 de fevereiro, foi pago R$ 59,5 mil. Em 25 de fevereiro, mais R$ 35,7 mil. Em 6 de março, a consultoria recebeu dois pagamentos, um de R$ 68,9 mil e outro de R$ 91,9 mil. Em abril, mais R$ 90 mil.
O vereador Mauri de Jesus Morais (PDT) apontou que a Consultoria BPA Serviços Empresariais possuía três donos: Breno Branco Pereira, André Muller Borges e o atual presidente do Instituto Varti, Paulo Sérgio Fozato. No entanto, Mauri disse que, em janeiro, Paulo Sérgio Fozato deixou o quadro societário da BPA Serviços. Na sequência, a empresa ganhou contratos volumosos com o Hospital Regional. Fozato tem remuneração de R$ 7,8 mil no hospital. 
“Na minha avaliação, os contratos são desperdício do dinheiro público. São gastos desnecessários”, enfatizou. Na avaliação do vereador, a audiência pública aprofundou a crise na saúde pública e na gestão Di Fiori. Em sua avaliação, além do procedimento administrativo para apurar, “o caso pode se tornar uma investigação policial”.

Pediatra
Ocorreram atrasos de pagamentos de médicos e fornecedores. Com o atraso, alguns profissionais pediram desligamentos. O setor de pediatria foi o que mais sofreu com a falta de profissionais. O número de mortes no período também subiu, já que coincidiu com o período de baixas temperaturas e com a alta incidência da gripe A, conhecida como gripe A1N1.
A Prefeitura de Itapetininga assumiu a administração do Hospital Regional. No final da tarde de quinta-feira, dia 6, o secretário de Saúde, Felipe Thibes Galvão, entregou nas mãos dos administradores do Instituto Varti um comunicado sobre a decisão do prefeito Luis Di Fiori (PSDB). Na última segunda-feira, os atuais administradores do hospital declararam que não tinham mais interesse em operar o Hospital Regional. 
Veja o texto da prefeitura sobre a saída do Instituto Varti: “Na data de ontem, 5 de junho, a Prefeitura comunicou ao Instituto Varti sua decisão de rescindir o contrato emergencial firmado. Hoje, com advento do decreto a Prefeitura assume os serviços essenciais e urgentes de saúde prestados no Hospital Regional de Itapetininga, temporariamente, a partir desta data. Fica instituída comissão de gestão provisória responsável pelo acompanhamento, execução e fiscalização dos serviços a serem prestados no HRI decorrentes de assunção temporária dos serviços pela prefeitura.”
De acordo com o administrador do Instituto Varti, Wilson Keller, na última segunda-feira, o instituto procurou a prefeitura para informar a desistência de operar o serviço de saúde em Itapetininga.
 “Nós entramos com um pedido para nos isentar das obrigações com o Hospital Regional, mas a prefeitura pediu para que ficássemos até o dia 30 de junho para participar da transição com um novo instituto”, afirma Keller. 

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