sábado, 10 de janeiro de 2015

A REDE GLOBO SEGUNDO ANTUÉRPIO PETTERSEN FILHO

Detentora de várias Concessões Públicas, Brasil afora, no que se tornou quase um Monopólio, seguida de longe pela Rede Record, SBT e Rede Bandeirantes, enfim, no que se resume o parco “Universo” de Emissoras existentes no Brasil Continental, contudo, sem arranhar-lhe a Liderança, a Rede Globo, fundada pelo Jornalista, já falecido, Roberto Marinho, logo nos primeiros dias do Golpe Militar de 1964, enquanto o País mergulhava nas trevas profundas da falta de democracia, e no nebuloso jogo de perseguições políticas, com a clara “Missão” de apoiar, nas entrelinhas, o Regime, coisa que fez muito bem, emudecida quanto aos fatos que ocorriam naqueles dias, Torturas e Expurgos Políticos, justamente para desbancar a Poderosa Rede dos Diários Associados, de Assis Chateaubriand, quem a precedera na “Era Pós-Vargas”, dando origem à Rede Tupi, hoje exumada da Vida Nacional, a Rede Globo assumiu, aos poucos, a vanguarda da Opinião Pública Brasileira, às vezes, se fundindo, ou confundindo-se com ela mesma, num intrincado “Jogo de Poder”.
Paga regiamente, mesmo hoje em dia, pela Publicidade Oficial do chamado “Brasil: Um País de Todos”, expressão cunhada na mensagem publicitária do Governo Federal, tendo exatamente na União da República seu maior anunciante, representada por Autarquias e Empresas Públicas, como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, seus maiores anunciantes, coisa que dispensa maiores comentários, à medida que o Governo abre, ou fecha, seus cofres, dando a tônica do apoio que recebe, ou não, em sua propaganda subliminar, por exemplo, do Jornal Nacional, ou da Novela das Sete, com mensagens implícitas de cunho eminentemente político, embora, na grande maioria das vezes o próprio Telespectador não o perceba, a Rede Globo, no entanto, em tempos modernos, em que a Mídia Oficial recebe forte concorrência da Internet e das Redes Sociais, o que diminui a sua profusão, vem sendo questionada quanto aos valores morais e éticos, que encerra, em Programas de tão baixo calão, como o Big Brother Brasil, já em sua 13º Edição.
Detentora de mera Concessão Pública, cuja necessidade de renovação ocorre a cada período de tempo, singrando em águas da benevolência Publica do Estado, ao contrário de Países sérios, como a França, Inglaterra ou a Itália, cujas Redes são majoritariamente Públicas, com finalidade e valoração nacionais, a Rede Globo, ao longo da História, e nos bastidores da Vida Política Brasileira, sempre representando seus mesquinhos interesses, porquanto confunde a “Opinião” Pública Tupiniquim com Programas realmente louváveis, como deveriam ser todos, a exemplo do “Criança Esperança/Unesco”, e “Telecurso 2º Grau”, é capaz de, com tremenda desfaçatez e mau-caratismo, criar do nada, figuras obscuras e marginais do Cenário Político Brasileiro, como o fez com Fernando Collor de Melo, ao propagar, relativo ao então Governador Collor, em Rede Nacional, a sua Campanha Alagoana de “Caçador de Marajás”, o que foi determinante para a sua Eleição para Presidente da República, em um País, recém saído da Ditadura de 1964, em busca de novos paradigmas, e, por outro lado, com os primeiros sinais de queda do seu Governo, atolado na Corrupção, foi capaz de ir às Ruas, travestida de “Caras Pintadas”, manipulando a Juventude, Ardil que despertara no Brasil Pós-ditadura, e apoiar o Impeachmant do “Homem Forte”, que ela mesmo ajudou a eleger, jamais se distanciando do Poder.
Antuérpio Pettersen Filho.
Transcrito da Revista Biografia

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