"(...) as obras de Edgard de Souza constituem uma espécie de arquivo preliminar e inconcluso das formas dessa corporalidade inédita que ao ser arrancada dos corpos se expande igualmente em direção aos arabescos do mundo vegetal, à calidez silenciosa (surda) do mundo animal ou à assonância rotunda dos minerais.
Essa polivalência das formas nos conduz, por sua vez, a identificar outro aspecto certamente notável nos trabalhos: o fato de que todo arquivo de formas implica e contém potencialmente uma ciência dos signos. Não se trata de realizar esculturas que possibilitem estabelecer uma correspondência definitiva entre as formas e o que elas significam, mas o contrário. Cada uma das formas encontradas é fruto mais da inadequação de determinados significantes a seus significados.
Dessa maneira, cada forma é uma aventura plástica, uma invenção pura para a qual não existe um significado único ou preestabelecido. São sondas exploratórias, e sua precisa materialidade corresponde à concretização de seus eventuais percursos pelos múltiplos da corporalidade".
Carlos Basualdo
Essa polivalência das formas nos conduz, por sua vez, a identificar outro aspecto certamente notável nos trabalhos: o fato de que todo arquivo de formas implica e contém potencialmente uma ciência dos signos. Não se trata de realizar esculturas que possibilitem estabelecer uma correspondência definitiva entre as formas e o que elas significam, mas o contrário. Cada uma das formas encontradas é fruto mais da inadequação de determinados significantes a seus significados.
Dessa maneira, cada forma é uma aventura plástica, uma invenção pura para a qual não existe um significado único ou preestabelecido. São sondas exploratórias, e sua precisa materialidade corresponde à concretização de seus eventuais percursos pelos múltiplos da corporalidade".
Carlos Basualdo
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