quinta-feira, 24 de agosto de 2017

ESCOLAS NO ESTADO DE SÃO PAULO TÊM 3 AGRESSÕES POR DIA. ALUNOS NÃO - VEGANOS?

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   Estadão Conteúdo

As escolas do Estado de São Paulo, públicas e particulares, registraram neste ano ao menos três casos de agressão física por dia. 
No primeiro semestre foram feitos 548 boletins de ocorrências de "lesão corporal" dentro de unidades de ensino fundamental e médio. 
O crime - que chamou ontem a atenção por causa do relato de uma professora de Santa Catarina - é o segundo mais cometido nos colégios paulistas e representa 13,4% das 4.080 ocorrências policiais no ano. 
O mais comum é o furto, com 1.219 casos.
Os dados foram tabulados pela reportagem por meio de dados obtidos pela Lei de Acesso à Informação. 
Os casos de violência, registrados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), também são acompanhados pela Secretaria Estadual da Educação por meio do Registro de Ocorrências Escolares (ROE).
Segundo a pasta, houve 249 episódios de agressão física a professores em todo o ano de 2016, ante 188 em 2015. 
Por outro lado, o uso de drogas ilícitas caiu, de 183 ocorrências para 126. 
Há, na rede estadual paulista, 5,2 mil unidades.
Foi para tentar reduzir estes casos que a secretaria de Educação criou, em 2011, o cargo de professor mediador, que tem uma proposta de resolver os conflitos por meio de mais diálogo e menos punições. 
"Onde há o mediador, há menos ocorrências", diz a presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Noronha. 
O sindicato fez um estudo sobre o tema em 2013.
Estado e Prefeitura mantêm o projeto Justiça Restaurativa, com o Tribunal de Justiça de São Paulo, para tentar resolver na própria escola os conflitos, com auxílio desses professores. "Buscamos evitar a judicialização de conflitos. Desde criança se aprende que violência se responde com violência. E assim a justiça se tornou uma espécie de vingança", diz o juiz Egberto de Almeida Penido, responsável pelos projetos.
O projeto, que coloca agressor e vítima para conversar e refletir, mudou a realidade da Escola Estadual Sergio Murilo Raduan, no Jardim Varginha, extremo sul da capital, conta o vice-diretor Joel Teles. 
No primeiro bimestre de 2016, houve 46 episódios de desrespeito ao professor ou funcionário, incluindo agressão verbal. Já neste ano, no mesmo período, foram 12. 
"Muitas vezes o aluno é movido por emoção no momento do conflito e há uma plateia ao redor, que até filma a situação. Quando você fala com ele fora desse ambiente, ele está mais calmo. Dá-se oportunidade para que os dois, vítima e agressor, conversem." 
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo Estadão Conteúdo.

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