Já sabemos do descaso do poder público que não está nem aí para os seus contribuintes, e que continua com a mesma política do melhor não falar, melhor não alertar, melhor não resolver, afinal, eles têm os animais para culpar e, que, na verdade, sempre pagam o “pato” pelas desordens físicas que a população possa vir a ter por causa dos necrochorumes!
Não sou a favor de cocozinhos nas calçadas, mas também não vou compactuar com a sem-vergonhice do poder público, chamando a atenção para pequenos detalhes, manipulando, assim, a opinião pública a seu favor e contra os animais. Enquanto os grandes problemas, os realmente geradores de desgraças, ficam escondidinhos debaixo da terra, pelo menos, os cocozinhos dos animais você pode ver, pode evitar, pode limpar; não são como as doenças transmitidas pela água contaminada dos cemitérios.
Na terra são enterradas todas as doenças, todos os medicamentos, todas as impurezas que, porventura, estejam encerradas nos corpos doentes, daí a preocupação com o solo e com as águas subterrâneas, isto sem citar os inseticidas que são colocados para matar baratas e outros insetos nos solos dos cemitérios.
Em dias de enxurradas, certamente, todos os males dos corpos e dos pesticidas se misturam com as águas da chuva, escorrendo pela terra e acumulando-se em covas inundadas. E, adivinhem para aonde vão depois, levando os vírus, as bactérias, os agentes transmissores de doenças, como a febre tifoide, poliomielite, meningite, hepatite, tétano etc.?
O necrochorume é apontado por especialistas como o vilão da qualidade das águas subterrâneas.
Enquanto o poder público continuar a culpar os cocozinhos dos animais nas calçadas pelos males da humanidade, o necrochorume continuará contaminando o solo, levando doenças pelas águas que bebemos, derramando-se e infiltrando-se em nossos corpos e de nossas crianças, por culpa da falta de interesse em deixar nossos mortos bem cuidados, sem que precisem contaminar os seus vivos.
Fátima Borges.
Fonte:
FLORAIS E CIA.
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