Faleceu nesta segunda-feira, 25, em São Paulo, o ambientalista Paulo Nogueira Neto, de 96 anos.
Foi um dos patronos do ambientalismo brasileiro e professor emérito de Ecologia da Universidade de São Paulo.
O velório será realizado nesta terça-feira, 26, a partir das 8h, em São Paulo, na rua Boa Esperança do Sul, nº 62 - Jd. Guedela e, às 14h, o corpo segue para o Cemitério da Consolação.
Trajetória
Em 1945, Nogueira Neto graduou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco (Turma de 1945) e, em 1959, em História Natural na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de São Paulo.
A estrutura política ambiental que se conhece hoje tem a impressão digital de Nogueira Neto.
O biólogo paulistano foi secretário especial do Meio Ambiente entre os anos 1974 e 1986, em um órgão criado pelo governo militar – hoje o Ministério do Meio Ambiente.
Nogueira Neto foi responsável pela criação de 26 estações ecológicas e áreas de proteção ambiental para valorizar a preservação da natureza.
Em 1981, Nogueira Neto formulou a principal lei ambiental brasileira, a Política Nacional do Meio Ambiente, que criou o Conselho Nacional do Meio Ambiente.
Ainda nos anos de 1980, foi um dos representantes da América do Sul na Comissão Brundtland, da ONU, na qual foi cunhado o conceito de desenvolvimento sustentável.
Além disso, o professor foi um dos primeiros no Brasil a alertar sobre o risco das mudanças climáticas: “ou se controlam as emissões de gás ou teremos problemas seríssimos daqui para frente".
Premiações
A dedicação ao longo da carreira rendeu ao ambientalista uma série de prêmios e homenagens, podendo-se destacar o Prêmio Paul Getty, láurea mundial no Campo de Conservação da Natureza, em 1981.
Foi eleito, por duas vezes, vice-presidente do programa “O homem e a biosfera (MAB)”, da Unesco e, em 1983, alcançou o posto de presidente do programa.
Paulo Nogueira Neto integrou a Academia Paulista de Letras desde 1991, em 1997 recebeu o Prêmio Duke of Edinburgh, da WWF Internacional e foi premiado com o Troféu Guerreiro da Educação em 2005.
Fonte: Migalhas.
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