quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

"O MEDO TEM CHEIRO"

( Bacharel em Direito e deputado federal pelo PL-AM)





Vivemos tempos estranhos. 
Valores civilizatórios são a cada dia substituídos pela barbárie. 
A tortura vence os direitos humanos
O ódio da guerra vence a harmonia da paz. 
O desmatamento irracional vence a proteção do meio ambiente. 
A agressão às minorias vence a igualdade. 
A censura vence a liberdade de expressão. 
O medo vence a esperança.
Quando a política se afastou dos valores civilizatórios que unem a sociedade, quando a pauta deixou de ser o direito ao trabalho, o direito a comer, o direito a vida, a liberdade, abrimos espaços para pensamentos obscuros e descompromissados com a Democracia.
Daí pra um Secretário de Cultura se achar impune o suficiente para fazer um vídeo parafraseando Joseph Goebbels, ideólogo do nazismo, foi um pulo. 
De repente, sem que percebêssemos o momento da ruptura, passou ser normal no Brasil desses tempos estranhos defender a morte, a tortura, a censura, a opressão às minorias, agredir jornalistas.
Mais grave é a omissão e a covardia dos que calam a sua indignação. 
Sobre isso resgato um discurso do saudoso Ulisses Guimarães, quando disse:

“Há momento em que o homem público tem que decidir, mesmo com o risco da sua vida, liberdade, impopularidade ou exílio. Sem coragem, não o fará. (...) O medo tem cheiro! Os cavalos e cachorros sentem-no, por isso derrubam ou mordem os medrosos. Mesmo longe, chega ao povo o cheiro corajoso dos seus líderes. A liderança é um risco, quem não assume, não merece esse nome”.

Eu escolhi lutar e resistir a esses tempos sombrios! Não quero ter cheiro de frouxidão!

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