Empresário e benemérito da Portela morre por complicações da Covid-19.
Maurício de Mattos, de 77 anos, estava internado há duas semanas após contrair a doença. Ele foi um dos fundadores da revista Rio Samba e Carnaval.
Por G1 Rio
Foto: Divulgação.
O empresário Maurício Mattos, de 77 anos, morreu, nesta quarta-feira (23), vítima de complicações causadas pela Covid-19. A informação foi confirmada pela diretoria da Portela que lamentou a morte de Maurício.
Maurício era sócio benemérito da escola de samba e fundador da revista e do camarote Rio Samba e Carnaval.
Em junho, Maurício passou por uma cirurgia para desobstruir a carótida esquerda. Nos meses seguintes, vieram novas internações e o estado de saúde piorou.
O empresário estava há duas semanas internado no Hospital Copa Star, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Ele havia contraído a Covid-19. A família chegou a fazer uma campanha nas redes sociais pedindo doações de sangue mas Maurício não resistiu.
Frequentador desde 1966 da Portela, Maurício fundou na década de 1970 a ala dos Estudantes. No mesmo período levou a escola de samba para ensaiar na Praia de Botafogo além de convencer o então patrono da agremiação, Natal da Portela sobre a participação em eventos na Zona Sul do Rio.
Apontado como uma das maiores personalidades do carnaval carioca, Mauricio lançou, na década de 1970, a revista "Rio Samba e Carnaval".
A revista era distribuída gratuitamente ao público das arquibancadas e camarotes, além de servir como fonte de informações para turistas.
No mesmo período, ainda com os desfiles acontecendo na Avenida Presidente Vargas, o empresário criou o camarote Rio Samba e Carnaval, que se tornou famoso por receber artistas, políticos, atletas e personalidades do carnaval.
Entre 2003 e 2010, foi presidente da Acadêmicos da Rocinha, levando a agremiação ao título do Grupo de Acesso e, no ano seguinte, ao Grupo Especial.
Em 2019, o empresário desfilou ao lado dos integrantes da Velha Guarda Show a convite do mestre Monarco.
"Ele foi um gigante do carnaval, todos sabemos. Pioneiro das alas de estudantes, abrindo espaço para outros tipos de componentes, outras paixões; pioneiro na atração de ainda outros públicos em seus camarotes históricos. Foi incomparável em seu amor pela Portela. Em seu último carnaval Mauricio viveu duas alegrias que lhe faltavam. Ser convidado por Monarco e desfilar no carro da legendária Velha Guarda, uma paixão dentro de outra. Ali realizava seu sonho máximo com os baluartes da escola. Deixando sua última imagem para a história de todos os carnavais", destacou Luis Carlos Magalhães, presidente da Portela.
Maurício Mattos deixa a mulher, a produtora cultural Lene De Victor, dois filhos e quatro netos.
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