Comecei a fumar com 25 anos.
Aliás, comecei a fazer mais coisas na vida só quando completei essa idade.
Nunca me excedi em nenhuma delas, a não ser no cigarro.
Era Shelton, era Advance, era Derby...
Tinha dia que eu fumava mais de um maço e meio por dia.
Os amigos ainda caçoavam comigo, dizendo que eu não sabia fumar.
Porque eu não tragava.
Eu retrucava:
- Ah, então para servir-se dessa droga é preciso saber colocá-la para dentro do organismo? Me poupem!
Jamais traguei mesmo.
No entanto, ainda me faltam uns dois anos para que meus pulmões voltem a ficar limpos novamente, isso, claro, se não houverem outras complicações provenientes de outros malefícios.
E eu sei que mesmo não tendo tragado, as consequências foram as mesmas.
Decidi parar numa bela manhã.
Acordei bem disposta.
O sol estava lindo lá fora.
Virei-me para minha mãe e lhe disse:
- A partir de hoje, não fumo mais!
Disseram que eu não poderia fazer isso assim "de repentemente".
Mas foi assim que eu fiz.
No começo, claro, foi difícil, mas não fui atrás de balinhas ou de chocolate.
Aliás, tive um chefe em São Paulo que teve que parar de fumar e só conseguia enquanto a sua mesa de trabalho estivesse toda cheia de doces.
Como ele podia, eram doces caros!
Num belo sábado, faleceu enquanto churrasqueava no quintal de sua casa.
Os funcionários nem puderam ir ao enterro.
Quando se pára, como eu parei, abruptamente, é necessário achar o que fazer com as duas mãos se não automaticamente vai procurar o cigarro.
E o cheiro exalado do corpo?
É muito ruim!
Chega a asfixiar a gente.
Seguiram-me da mesma forma alguns dos meus irmãos, entre eles o Gilberto e a Laura.
Nunca mais pusemos uma droga dessas na boca.
E nunca ela fez falta nenhuma para o nosso organismo.
Agora está sendo difícil é tirar o cigarro da boca do meu filho.
OBS: Este texto foi escrito no dia 30 de maio de 2.011.
Meu filho deixou de fumar há quatro meses.
Graças a Deus!
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