sexta-feira, 1 de junho de 2012

LUIZ VÁLIO JÚNIOR E O TRIGO DE SÃO MIGUEL NO "ESTADÃO".


No jornal "O Estado de São Paulo", edição de 14 de outubro de 1.976, página 39, há uma reportagem falando sobre o trigo em São Miguel Arcanjo. 
Lá vai a transcrição:

TÍTULO:  "Região Sul volta a incentivar a cultura do trigo"
                                        - do correspondente em Itapetininga.

" Trinta anos depois de abandonada - cedendo lugar ao plantio da uva "Itália" - a cultura do trigo começa a ser incrementada em São Miguel Arcanjo.
Somente a Fazenda Shangrilá, de Henry Haddad, destinou 70 alqueires ao cereal, acreditando-se que outros agricultores resolvam imitá-lo, principalmente ante o temor de breve saturação da viticultura, devido ao crescimento constante das 200 plantações existentes.
Na década de 40, São Miguel Arcanjo promoveu uma série de reuniões entre políticos locais, estaduais e federais, técnicos e fazendeiros.
Entre estes, o mais entusiasta era o italiano Dante Carraro, que sonhava em transformar o município no maior produtor paulista do cereal, fundando a Fazenda Atlântida e planejando a instalação de um moínho.
Com sua morte, porém, em um desastre aéreo, os planos foram abandonados e suas terras, mais tarde, foram divididas pela família em diversas propriedades, hoje dedicadas à pecuária.
Antes, no entanto, com a ajuda de técnicos da Secretaria da Agricultura, conseguiu uma colheita superior à expectativa, com a utilização de métodos já considerados, na época, ousados e muito eficientes, proporcionando ótimo rendimento.
Mas apesar da (perda?) sofrida, os planos de Dante Carraro não foram esquecidos.
Em sua memória, seus filhos ergueram-lhe uma estátua em uma das praças de São Miguel Arcanjo e alguns proprietários locais, como Luiz Válio Júnior, continuaram defendendo o plantio do trigo, levando em conta especialmente o tipo de solo e o clima dominante na região.
Agora, com a iniciativa de Henry Haddad, muitos estão animados, inclusive, com a perspectiva de construção do moínho idealizado por Dante Carraro em 1.946, que se transformaria em uma nova fonte de renda para o município, e uma opção para os que se dedicam atualmente apenas ao plantio da uva "Itália" ".
- Do correspondente em Itapetininga.


- Não sei sobre Henry Haddad, mas Luiz Válio Júnior, o meu pai, faleceu em 1.992.
Interessante que, hoje, o proprietário de uma determinada área do imóvel que foi dele lida com a cultura do trigo.
Uma bela plantação!
Valeu!

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