domingo, 20 de janeiro de 2013

TRABALHO DE IZALTINO PINHEIRO.


O saudoso motorista de ambulância João Sales, que tornou-se vereador em São Miguel Arcanjo, na década de 80, e durante mais de quatro anos, fazia semanalmente entrega de mais ou menos 5 cobras venenosas para o Instituto Butantã, em São Paulo.
Numa reportagem feita pelo "Estadão", que foi para as bancas no dia 25 de abril de 1.986, ele reclamava, juntamente com outros cidadãos, sobre o que acontecia:
- " Até hoje, não recebi nenhuma ampola de soro antiofídico em troca. Viajo 185 km para trazer os animais e, várias vezes, quando volto a São Miguel Arcanjo, sou novamente escalado para trazer pacientes picados por cobras até o Hospital Vital Brasil, pois a cidade não possui uma única ampola para casos de urgência, como o de um bebê de um ano de idade, picado há um mês, enquanto dormia, por uma jararaca".
Antigamente, o homem que levava cobras de São Miguel Arcanjo para o Instituto Butantã, em São Paulo, chamava-se Izaltino Leme Pinheiro.
Era pai de Ari Leme Pinheiro, Orlando Pinheiro e Maria Elena Pinheiro de Góes.
Natural do Bairro de Santa Cruz dos Matos, residiu por muitos anos na capital, onde trabalhou como barbeiro na Rua Florêncio de Abreu no centro velho de São Paulo. 
Foi quando conheceu o Instituto Butantã e aprendeu a manipular ofídios, extraindo-lhe o veneno para fabricação de soro, que só não aconteceu por falta de energia elétrica em Santa Cruz dos Matos. 
Associou-se na manutenção de uma farmácia no sítio com Antenor Moreira, inclusive para envio de serpentes e trocas de soros para atender a população da roça.
Mas além de outras coisas, o matuto também desenhava.
Acima, o retrato dele pintado por ele mesmo.
 

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