Amigos, devemos admitir: não é fácil ser petista. Por mais poder e riquezas que os indivíduos deste grupo político exerçam e acumulem, o dia a dia deles é muito difícil.
Para ser um deles, convenhamos, é necessário engolir o veneno rotineiramente destilado por serpentes perigosíssimas que, ao contrário daquelas da fauna, sequer se preocupam em usar a camuflagem.
Para ser petista, meus amigos, o indivíduo precisa ser capaz de fingir cotidianamente, mentir, tergiversar, principalmente para si mesmo. Há que “relativizar” a ideologia, a crença, os fatos. Há que falsear a realidade e, mais difícil, convencer os outros de que a farsa é a verdade. Ser petista é nunca dizer não, ainda que diante da percepção inegável dos fatos.
Caso me permitam a comparação, o petista é como o dragão de Machado de Assis para quem é necessário espernear, aparentemente expirar e, depois renascer. E eles, os petistas, sempre repetem este ciclo. São os dragões que incendeiam a moralidade brasileira, há muitos anos. Nem é preciso dizer por que, uma vez que basta ver como gente, antes honesta, chamuscou-se, queimou-se, torrou-se sob o maligno fogo deste monstro.
Em um mundo normal, onde existisse o respeito pelo país, indivíduos que tripudiam sobre a ética, seriam execrados. Aqui, os luminares da política, da academia e das artes engolem o fogo que destrói as instituições republicanas. Aqui, copiamos, canhestramente, o mundo orwelliano, onde a “mentira é verdade”. Os petistas nos levaram para “1984”.
É difícil ser petista e fingir para si mesmo cotidianamente.
Entretanto, não somos iludidos.
Os petistas adoram ser do jeito que são.
Na ânsia pelo poder, jamais hesitaram em se lançar até dentro de cuecas.
Ser petista é mentir, engolir mentiras e defender os mentirosos, à custa da própria consciência.
Aliás, ser petista é ignorar a consciência.
Do blog escrevinhações (
Saramar), em junho de 2.011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário