segunda-feira, 14 de outubro de 2013

RECHÃ QUER EMANCIPAR-SE DE ITAPETININGA



Mais populoso distrito do município, o Rechã possui infraestrutura de pequena cidade, mas recebe tratamento simples de bairro rural. Falta de água, posto de saúde precário e saneamento básico são algumas das principais queixas. 
Parte dos moradores é favorável à emancipação de Itapetininga, pois acreditam que as condições econômicas positivas permitem a criação de um novo município. 
Aproximadamente 42 quilômetros separam o Rechã do centro da cidade. 
O Rechã é mais populoso que alguns municípios vizinhos como, por exemplo, Alambari e Campina do Monte Alegre. Moradores discordam dos números do IBGE e afirmam que moram na localidade cerca de 9 mil pessoas. 
A transformação do distrito em cidade sempre esteve na pauta de diálogo entre moradores. 
“Não temos o retorno adequado diante de nossas demandas junto à Prefeitura de Itapetininga”, conta o comerciante George de Araújo. Nascido e criado no local, ele acredita que, emancipado, a qualidade de vida iria melhorar.
“Mesmo ao presenciarmos situação econômica favorável devido à situação de quase pleno emprego, não temos um tratamento que atenda adequadamente nossos serviços básicos”, explica Araújo.
O morador cita o tratamento na saúde como modelo de descaso. “Somos mais populosos que alguns bairros de Itapetininga, porém o Programa da Saúde Familiar (PSF) não atende toda nossa necessidade. Pela quantidade de gente, no mínimo, tínhamos que ter uma Unidade de Pronto Atendimento”, diz.
A segurança é outro problema frisado pelos moradores. 
Dona de uma padaria, a comerciante Gisele Gimenez relata a necessidade de mais policiamento e um problema desencadeado por essa ausência. 
“Há alguns meses um caixa foi explodido e a empresa bancária disse que enquanto não tivesse uma base policial 24 horas, não colocaria outro. Não basta patrulhamento rural. Com essa situação, as pessoas vão receber no centro da cidade e deixam parte do seu salário por lá. Essa situação faz com que aconteça uma queda de 40% no comércio local”, explica.
Fonte: Correio de Itapetininga, edição 448.


Só para acrescentar ao histórico do bairro, o bairro perdeu, no mês de agosto de 2000, seu interlocutor junto às autoridades no sentido de emancipá-lo a Itapetininga: o vereador Gentil Araujo, falecido aos 73 anos de idade e em seu segundo mandato.
Gentil era filho de Rosendo Cândido de Araujo e Nair Neves de Araujo.
Casado em primeiras núpcias com a senhora Edil de Oliveira Araujo, falecida, casou-se em segundas com Ivone de Araujo.

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