Não li o livro, nem nunca cheguei a tê-lo nas mãos, mas vi o filme dirigido por Roman Polanski, quando ainda residia em São Paulo.
Tenho vontade de rever; já tentei baixá-lo, mas não consegui.
Tudo começa quando um homem, sendo despejado, necessita urgentemente alugar um apartamento.
Vem a descobrir um que lhe agrada, porém, tem que aguardar a morte da antiga inquilino: cometera suicídio pulando da única janela que existe ali e encontra-se à beira da morte num hospital da região.
Com o passamento da mulher, ele fica com o apartamento e resolve então convocar os amigos para uma festa em comemoração.
Aí começa sua morte em vida.
Barulho não é permitido pelos moradores; o senhorio o repreende e ameaça quebrar o contrato.
Uma tremenda transformação começa a operar no comportamento do novo inquilino, meio que capturando o espírito da ex-moradora, mas protegendo-se, por sua vez, quando percebe que estão querendo transformá-lo nela e levando-o a ter o mesmo fim.
Tem uma cena hilária: alguém que também não aceita as arbitrariedades que acontecem no condomínio, uma noite coloca diante de todas as portas do mesmo andar em que ele mora um montinho de merda em sinal de protesto.
Com medo de pensarem ser ele o autor, ele vai pegando um punhadinho aqui e ali da merda para também colocar diante da sua porta.
E as maquiagens que ele usa?
E as roupas da morta?
E os sapatos de salto alto?
Um horror!
O final é bem surpreendente.
Que tal alugar o filme - se achar, pois é de 1976- ?
Só não sei da fidelidade do filme à obra de Roland Topor.
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