sábado, 19 de setembro de 2015

O TEMPO COMO ALIADO

A colunista Monica Bergamo, da "Folha", afirma neste sábado que a possibilidade de renúncia da presidente Dilma já não é descartada dentro do PT. 
De acordo com a jornalista, dirigentes históricos do partido e lideranças ligadas a Lula acreditam que Dilma pode ser levada a uma atitude extrema em caso de total ingovernabilidade do país, o que poderia ocorrer na hipótese de derrota do pacote fiscal que ela enviou ao Congresso e se houver avanço do pedido de abertura do processo de impeachment. 
No PT, diz Monica, é feito o cálculo de que Dilma tem três semanas para virar o jogo e se estabelecer novamente como única alternativa de poder no país até 2018. 
O prazo nos parece açodado. 
É sabido que dificilmente a PEC da CPMF será votada neste ano, e na iminência de uma derrota da proposição ainda na Câmara, o próprio PT pode obstruir a tramitação do projeto, para ganhar tempo e deixar que a virada do ano e as férias esfriem a crise. 
O mesmo raciocínio vale para um eventual processo de impeachment. 
A estratégia dos governistas será a se arrastar a tramitação do pedido, se ele for aceito pela presidência da Câmara, e o pouco tempo que há daqui para o final do ano é um impeditivo para que se sacramente a votação do processo nas duas casas do Congresso. 
Para um governo que nasceu morto, ganhar mais alguns meses de sobrevida já é um bom negócio.
 
Blog do Jefferson.

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