terça-feira, 27 de junho de 2017

MALANDROS VELHOS MACAQUEANDO

Janot e Fachin juntos para mandar o Brasil pelos ares e pavimentar o retorno da esquerda ao poder.
É inegável que o Brasil necessita eliminar com a celeridade possível a chaga em que se transformou a corrupção sistêmica, mas é importante que essa cirurgia extirpadora ocorra com o bisturi da coerência. 
De nada adianta o discurso moralista implacável se o processo como um todo levar o País ao fundo do poço, se é que esse ponto já não foi ultrapassado há muito.
Não restam dúvidas acerca do envolvimento do presidente da República, Michel Temer (PMDB), em corrupção passiva, lavagem de dinheiro e outros crimes delatados pelos empresários Wesley e Joesley Batista, algo esperado para um político que durante anos manteve silêncio obsequioso diante da bandalheira explícita que foram os governos de Lula e Dilma Rousseff.
Temer, que deve responder por seus atos sob o manto do que determina a legislação vigente, sabia desde o começo que sua chegada ao principal gabinete do Palácio do Planalto deflagraria uma enxurrada de acusações, em especial por parte dos simpatizantes do banditismo político levado a cabo pelo PT e seus “puxadinhos ideológicos”. 
De tal modo, não deveria ter assumido o poder, impedindo que o País mergulhasse em uma crise múltipla e sem precedentes.
Há na Praça dos Três Poderes, em Brasília, uma crise institucional deliberada e que pode levar o País a uma situação perigosa, pois a queda de braços entre autoridades chega a causar preocupação. 
A denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República, na noite de segunda-feira (26), contra Michel Temer tratou apenas do crime de corrupção passiva e açambarcou o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), preso após ser flagrado recebendo uma mala com R$ 500 mil em propina.
No escopo da Operação Patmos, que tem como pilar a delação de Joesley Batista, dono da JBS, há outros crimes supostamente cometidos por Michel Temer, os quais deveriam compor uma só denúncia. 
A estratégia adotada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é fruto do revanchismo, pois o mesmo está descontente com a possibilidade de o presidente da República não indicar o próximo comandante do Ministério Público Federal a partir da lista tríplice da categoria, a qual deve ser anunciada ainda nesta terça-feira (27).
Fatiar a denúncia é virar as costas para o Brasil, uma vez que a crise atual não acabará tão cedo. Pelo contrário, será uma minissérie cujos capítulos, quase intermináveis, afundarão ainda mais o Brasil na vala da insolubilidade. 
O que a olhos primeiros pode parecer uma defesa suicida de Temer, na verdade é uma defesa inconteste do Brasil e dos brasileiros, que não mais suportam o status atual. Mesmo assim, querem nos impor uma prorrogação indigesta.
A denúncia contra o presidente da República deveria ser una e abrangente, mas o desejo de Janot de fazer o governo sangrar é claro e conta com a aquiescência do ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Aliás, causa estranheza o fato de Fachin ter aceitado de bom grado essa denúncia no estilo minissérie.
Considerando que qualquer denúncia contra o presidente depende da autorização do plenário da Câmara dos Deputados para ser transformada em inquérito, o Brasil terá de enfrentar nos próximos meses a análise de pelo menos mais três acusações contra Temer. 
Isso significa, em termos de tempo, pelo menos um mês para cada denúncia (obstrução à Justiça, prevaricação, entre outras).
A estratégia da PGR, se seguida à risca, deixará o País de pernas para o ar até meados do primeiro semestre do próximo ano, com a possibilidade de, em algum momento, o presidente da República ser afastado temporariamente (no máximo 180 dias) do cargo, o que aumenta ainda mais a instabilidade institucional e reforça a crise que vem devastando a nação.
Esse plano de fazer o governo do PMDB desidratar em doses homeopáticas atende aos interesses da esquerda verde - loura, que tenta voltar ao poder para completar a lambança e terminar de saquear os cofres públicos, assim como aconteceria o mesmo caso o cenário fosse inverso em termos ideológicos. Em suma, Janot e Fachin uniram-se não para passar o País a limpo, mas para implodir o Brasil.
27 de Junho de 2017

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