CÂMARA PODE ARQUIVAR DAQUI A POUCO A TENTATIVA DESCARADA DE GOLPE.
Ou: Imprensa e salsichas (REINALDO AZEVEDO)
Publicado em 02/08/2017 09:51
Quem tem vergonha na cara, seja jornalista, artista ou um cidadão qualquer, exige que o ente acusador demonstre o que diz. E isso só pode ser feito com as tais provas (Por Reinaldo Azevedo)
Tudo o mais constante, a Câmara dos Deputados arquiva daqui a pouco a mais abusada tentativa de golpe de estado jamais desfechada no país.
E não venham os vigaristas de esquerda falar no impeachment de Dilma: ela cometeu crime de responsabilidade e foi denunciada segundo a lei.
O presidente Michel Temer foi alvo de uma operação ilegal envolvendo o Procurador Geral da República, um megaempresário picareta, achado a dedo e devidamente chantageado para denunciar o que queriam que denunciasse e setores do Supremo infiltrados por interesses outros que não a lei: num caso, falou a ideologia: em outros, o medo do próprio passado.
E assim se tentou derrubar Temer, ainda que o senhor Rodrigo Janot, nesta que ele sugeriu ser a “primeira etapa” de sua saga, não tenha apresentado a prova.
E assim se tentou derrubar Temer, ainda que o senhor Rodrigo Janot, nesta que ele sugeriu ser a “primeira etapa” de sua saga, não tenha apresentado a prova.
Isto mesmo: ousou-se depor o chefe do Poder Executivo com base em conjecturas oriundas de um flagrante armado. Contente-se com a patuscada quem quiser.
Por aqui, nunca passou nem passará. Convenham: por aqui, nem mesmo Lula, o arquiteto do petismo, protagonista do grande assalto ao Estado e ao Estado de Direito, é condenado sem provas.
Quem tem vergonha na cara, seja jornalista, artista ou um cidadão qualquer, exige que o ente acusador demonstre o que diz. E isso só pode ser feito com as tais provas. Mas Janot, o insaciável, sabemos, pretende voltar ao ponto mais adiante por intermédio de acólitos: vamos ver se a próxima pistola contra Temer vem na forma de acusações de Eduardo Cunha, de Lúcio Funaro ou de ambos. O país, a julgar pelo noticiário de certa imprensa, ficou a um passo de se entregar ao cutelo e ao moedor de carne de Joesley Batista, o ex-maior salafrário do Brasil, absolvido pela beatitude de Janot, este santo homem, capaz de julgar os vivos e os mortos.
É claro que setores da imprensa fizeram o serviço sujo.
Quem tem vergonha na cara, seja jornalista, artista ou um cidadão qualquer, exige que o ente acusador demonstre o que diz. E isso só pode ser feito com as tais provas. Mas Janot, o insaciável, sabemos, pretende voltar ao ponto mais adiante por intermédio de acólitos: vamos ver se a próxima pistola contra Temer vem na forma de acusações de Eduardo Cunha, de Lúcio Funaro ou de ambos. O país, a julgar pelo noticiário de certa imprensa, ficou a um passo de se entregar ao cutelo e ao moedor de carne de Joesley Batista, o ex-maior salafrário do Brasil, absolvido pela beatitude de Janot, este santo homem, capaz de julgar os vivos e os mortos.
É claro que setores da imprensa fizeram o serviço sujo.
Nesse caso, consiste em quê?
Bem, cada um executou sua tarefa de acordo com seu talento específico. Houve aqueles que se esmeraram em reconhecer que não há provas contra Temer, mas que aquela conversa com Joesley já seria o suficiente para depor o presidente.
É mesmo?
Não sei se lembram: o açougueiro de instituições disse lá que tinha no bolso um procurador e dois juízes. Sabemos quem é o procurador acusado pelo MPF, ente que se orgulha de ter cortado na própria carne, como se estivéssemos numa saga corporativista. Mas cadê os dois juízes? Joesley disse que estava apenas brincando.
De fato, parece uma piada.
“Oh, mas como Temer ousa receber alguém como Joesley no fim da noite?”
De fato, parece uma piada.
“Oh, mas como Temer ousa receber alguém como Joesley no fim da noite?”
A pergunta é de um falso moralismo canalha.
Quem não receberia? Fica fácil falar agora, depois de tudo o que se sabe. Aliás, aconselho aos senhores jornalistas que, doravante, só passem a tratar de política com os santos, com quem nada deve e de quem nada se diz de ruim.
Lembro que a todo cidadão socorre a competência de dar voz de prisão a criminosos ou de chamar a Polícia — e isso inclui jornalistas… Já imaginaram?
Dado o que se lê de teoria política na imprensa, muitos teriam de pedir emprego a Joesley, como fazedores de salsichas.
“Ah, mas nós falamos com marginais em nome do interesse público…”
Bem, cara pálida, cada ofício tem a sua desculpa.
E, claro!, vimos os esquerdistas de sempre, que ainda tentam se vingar do impeachment de Dilma, que mal disfarçam a estrela que trazem da testa, e a direita aborrecida, refém do moralismo brucutu — que é, já disse, o túmulo da moral e a Disneylândia dos idiotas — a gritar também o “Fora, Temer!”
E, claro!, vimos os esquerdistas de sempre, que ainda tentam se vingar do impeachment de Dilma, que mal disfarçam a estrela que trazem da testa, e a direita aborrecida, refém do moralismo brucutu — que é, já disse, o túmulo da moral e a Disneylândia dos idiotas — a gritar também o “Fora, Temer!”
Os “vermelhos” pedem “diretas já”, como se fosse corriqueira a tarefa de encurtar o mandato de um presidente, de 27 governadores, de 513 deputados federais, de 1.059 deputados estaduais e de 54 senadores…
Já os direitistas, perdidos na indigência intelectual, ensaiaram a saída de Rodrigo Maia, como se este acenasse com uma governabilidade que Temer teria perdido; como se não fosse ele próprio o próximo alvo.
Assim como o povo demonstrou uma sabedoria prática indo às ruas contra Dilma, exibiu-a uma vez mais não indo contra Temer.
Assim como o povo demonstrou uma sabedoria prática indo às ruas contra Dilma, exibiu-a uma vez mais não indo contra Temer.
Afinal, só “ozartistas” de Caetano Veloso e os hipócritas, mentirosos de esquerda e nefelibatas de direita da imprensa embarcam numa aventura para depor um presidente sem dizer o que vem depois.
Se a palhaçada de Janot não terminar nesta quarta, termina logo mais.
Se a palhaçada de Janot não terminar nesta quarta, termina logo mais.
O país tem mais o que fazer.
Tenham um pouco mais de respeito pelos pobres, senhores golpistas!
Para além da votação (por BERNARDO MELLO FRANCO, na FOLHA)
Ao que tudo indica, Michel Temer se salvará da primeira denúncia da Procuradoria-Geral da República.
Para além da votação (por BERNARDO MELLO FRANCO, na FOLHA)
Ao que tudo indica, Michel Temer se salvará da primeira denúncia da Procuradoria-Geral da República.
Há pouquíssima chance de reviravolta na sessão marcada para esta quarta.
A oposição admite que não reuniu os 342 votos necessários para afastar o presidente.
Na melhor hipótese, conseguirá adiar a decisão até a próxima semana.
A principal dúvida em Brasília é sobre o dia seguinte à votação. O placar dará a medida do estrago causado pelo escândalo da JBS.
A depender dos números, será possível projetar a força de Temer para tocar o governo e enfrentar novas turbulências.
O presidente sonhava em chegar perto dos 300 votos a favor do arquivamento da denúncia. Neste caso, ele poderia dizer que continua com ampla maioria na Câmara. Bastaria recuperar mais alguns votos para aprovar mudanças na Constituição.
Nos últimos dias, esse cenário foi praticamente descartado pelo Planalto.
O presidente sonhava em chegar perto dos 300 votos a favor do arquivamento da denúncia. Neste caso, ele poderia dizer que continua com ampla maioria na Câmara. Bastaria recuperar mais alguns votos para aprovar mudanças na Constituição.
Nos últimos dias, esse cenário foi praticamente descartado pelo Planalto.
Previsões mais realistas passaram a sugerir que o governo não passará dos 260 votos.
Os aliados mais pessimistas contabilizam apenas 220 deputados firmes com Temer.
Se esse quadro se confirmar, o presidente pode festejar uma vitória de Pirro.
Se esse quadro se confirmar, o presidente pode festejar uma vitória de Pirro.
Ele escaparia da primeira denúncia, mas perderia a chamada governabilidade.
Viraria um zumbi no Planalto, sem condições de aprovar projetos relevantes e ainda mais refém da chantagem parlamentar.
Um Temer tão enfraquecido não teria mais como vender a promessa das reformas. Isso tornaria sua permanência pouco atrativa a um empresariado que já flertou com a ideia de instalar Rodrigo Maia no Planalto.
Um Temer tão enfraquecido não teria mais como vender a promessa das reformas. Isso tornaria sua permanência pouco atrativa a um empresariado que já flertou com a ideia de instalar Rodrigo Maia no Planalto.
Uma vitória apertada ainda deixaria o presidente mais exposto às próximas flechas de Rodrigo Janot.
É mera conversa mole a história de que só 308 contra a denúncia tornam viáveis as reformas (REINALDO AZEVEDO)
Há, quando muito, mera correlação entre os placares da votação da denúncia e o das reformas; um bom exemplo disso é o PSDB.
É besteira, mera plantação da oposição e de grupos interessados na deposição de Michel Temer, essa conversa de que o presidente precisa contar com pelo menos 308 votos contra a denúncia para que saia fortalecido e possa conduzir as reformas.
É mera conversa mole a história de que só 308 contra a denúncia tornam viáveis as reformas (REINALDO AZEVEDO)
Há, quando muito, mera correlação entre os placares da votação da denúncia e o das reformas; um bom exemplo disso é o PSDB.
É besteira, mera plantação da oposição e de grupos interessados na deposição de Michel Temer, essa conversa de que o presidente precisa contar com pelo menos 308 votos contra a denúncia para que saia fortalecido e possa conduzir as reformas.
O curioso é que as pessoas que sustentam tal opinião conseguem dizer, ao mesmo tempo, que o presidente é hoje um empecilho às mudanças.
Como assim?
Quer dizer que as reformas só serão possíveis se houver três quintos COM TEMER ou se o governo estiver SEM TEMER?
Que grama ruim essa gente andou comendo?
Que mato ruim andou queimando?
Onde aprendeu a pensar com essa solidez sobre quatro patas argumentativas?
Há, quando muito, uma certa correlação entre os dois placares. Se alguém quer um exemplo eloquente, veja o caso do PSDB. Estima-se que a metade, ou em torno disso, votará contra o presidente. Não obstante, tais deputados são favoráveis às reformas.
O nome disso não é apuração, não é análise, não é informação.
Trata-se apenas de torcida.
É besteira, mera plantação da oposição e de grupos interessados na deposição de Michel Temer, essa conversa de que o presidente precisa contar com pelo menos 308 votos contra a denúncia para que saia fortalecido e possa conduzir as reformas. O curioso é que as pessoas que sustentam tal opinião conseguem dizer, ao mesmo tempo, que o presidente é hoje um empecilho às mudanças. Como assim?
Quer dizer que as reformas só serão possíveis se houver três quintos COM TEMER ou se o governo estiver SEM TEMER?
Que grama ruim essa gente andou comendo?
Que mato ruim andou queimando?
Onde aprendeu a pensar com essa solidez sobre quatro patas argumentativas?
Há, quando muito, uma certa correlação entre os dois placares. Se alguém quer um exemplo eloquente, veja o caso do PSDB. Estima-se que a metade, ou em torno disso, votará contra o presidente. Não obstante, tais deputados são favoráveis às reformas.
O nome disso não é apuração, não é análise, não é informação.
Trata-se apenas de torcida.
Os bons resultados nos animam (MICHEL TEMER, Presidente da República)
Em breve retrospectiva, posso dizer que meu governo se divide em três fases. A primeira, quando assumi em momento de grande recessão, com o país inteiramente fora dos trilhos. Cuidei de levar adiante a criação de teto para os gastos públicos por meio de emenda à Constituição. Restabelecido o diálogo com o Congresso, dele tivemos apoio para aprovar essa matéria.
Logo depois, foi a vez da reforma do ensino médio, proposta há duas décadas. Outro tema dessa primeira fase foi a renegociação da dívida dos Estados. Reunimos os governadores e chegamos a um acordo para uma discussão que também se arrastava há anos.
O mesmo fizemos com os municípios: devedores da Previdência, eles estavam imobilizados porque eram classificados como inadimplentes. Resolvemos isso, parcelando em 240 meses a quitação da dívida.
De igual maneira, dividimos, por acordo, a multa pela repatriação de capitais com Estados e municípios. Assim, concretizei o projeto de fortalecimento da Federação, com o qual me comprometi no dia da posse.
Foi também nessa fase que reajustamos o valor do Bolsa Família, congelado havia mais de dois anos, e aumentamos as vagas do Fies. Fizemos ainda a inédita e justa liberação das contas inativas do FGTS, dinheiro devido aos trabalhadores.
Como prometemos, o programa injetou, de fevereiro a julho, mais de R$ 42 bilhões na economia. Citei, aqui, apenas alguns exemplos. Tudo na convicção de que o Brasil tinha e tem pressa.
Passo à segunda fase: a que se iniciou em meio à crise política produzida nos últimos 70 dias. Logo que ela se esboçou, dissemos que o Brasil não iria parar, pois o dever do governo é governar.
De meados de maio a julho, produzimos enormemente: aprovamos no Congresso 11 medidas provisórias e editamos outras 14 -todas essenciais para mudar a dinâmica social e econômica do país.
A modernização da legislação trabalhista, matéria importantíssima também emperrada há anos, foi um dos atos mais significativos. Também nesse período da chamada crise editamos um grande programa de regularização fundiária, com impacto nas cidades e no campo.
Não fugimos de problemas. Não foi sem razão que o Ministério da Justiça passou a ser também da Segurança Pública. O caso do Rio de Janeiro é emblemático: desencadeamos agora medidas planejadas há um bom tempo pelos centros de inteligência federais.
Determinei que fosse destinado orçamento para as operações em curso no Rio que envolvem mais de 10 mil homens e que ocorrem com pleno sucesso. Atuamos porque era urgente garantir a integridade da população do Rio, nossa porta de entrada para os estrangeiros.
As forças federais e as Forças Armadas, que já haviam feito trabalho exemplar no Estado, da Olimpíada até as eleições de 2016, foram requisitadas neste ano no Espírito Santo, no Rio Grande do Norte, no Amazonas, em Roraima e em Mato Grosso do Sul. Sempre buscando garantir a segurança dos brasileiros.
Saibam que o planejamento silencioso da complexa Operação Rio foi concluído nessa segunda fase, quando as vozes do catastrofismo alardeavam: "o governo vai parar". Não parou.
Prosseguiu, agindo com rapidez para buscar eficiência e modernização nos vários setores. Acabamos, por exemplo, de assinar contratos de concessão de quatro aeroportos. Parcerias com a iniciativa privada surgem para incentivar o desenvolvimento e combater o desemprego.
Chegamos agora à terceira fase, que coincide com a retomada dos trabalhos legislativos. Vamos continuar com as reformas estruturantes: são fundamentais para que o próximo governante possa seguir numa direção segura. Previdência, simplificação tributária, reforma política e mais medidas desburocratizantes serão as forças motrizes desta fase.
Continuaremos a trabalhar duro, com a responsabilidade geradora de confiança. Foi neste ambiente que conseguimos reduzir a inflação e os juros. E é isso também que faz ressurgir o emprego. Lutamos para resgatar a tranquilidade social.
Todos os dias, tenho consciência de que pesam sobre meus dois anos de gestão problemas acumulados desde a crise global de 2008, agravados pelas decisões populistas dos últimos anos. A carga é grande, mas os bons resultados nos animam.
Não importam os obstáculos; o importante é que os diversos setores tenham maturidade e disposição para discutir o mérito das questões nacionais.
Quer dizer que as reformas só serão possíveis se houver três quintos COM TEMER ou se o governo estiver SEM TEMER?
Que grama ruim essa gente andou comendo?
Que mato ruim andou queimando?
Onde aprendeu a pensar com essa solidez sobre quatro patas argumentativas?
Há, quando muito, uma certa correlação entre os dois placares. Se alguém quer um exemplo eloquente, veja o caso do PSDB. Estima-se que a metade, ou em torno disso, votará contra o presidente. Não obstante, tais deputados são favoráveis às reformas.
O nome disso não é apuração, não é análise, não é informação.
Trata-se apenas de torcida.
É besteira, mera plantação da oposição e de grupos interessados na deposição de Michel Temer, essa conversa de que o presidente precisa contar com pelo menos 308 votos contra a denúncia para que saia fortalecido e possa conduzir as reformas. O curioso é que as pessoas que sustentam tal opinião conseguem dizer, ao mesmo tempo, que o presidente é hoje um empecilho às mudanças. Como assim?
Quer dizer que as reformas só serão possíveis se houver três quintos COM TEMER ou se o governo estiver SEM TEMER?
Que grama ruim essa gente andou comendo?
Que mato ruim andou queimando?
Onde aprendeu a pensar com essa solidez sobre quatro patas argumentativas?
Há, quando muito, uma certa correlação entre os dois placares. Se alguém quer um exemplo eloquente, veja o caso do PSDB. Estima-se que a metade, ou em torno disso, votará contra o presidente. Não obstante, tais deputados são favoráveis às reformas.
O nome disso não é apuração, não é análise, não é informação.
Trata-se apenas de torcida.
Os bons resultados nos animam (MICHEL TEMER, Presidente da República)
Em breve retrospectiva, posso dizer que meu governo se divide em três fases. A primeira, quando assumi em momento de grande recessão, com o país inteiramente fora dos trilhos. Cuidei de levar adiante a criação de teto para os gastos públicos por meio de emenda à Constituição. Restabelecido o diálogo com o Congresso, dele tivemos apoio para aprovar essa matéria.
Logo depois, foi a vez da reforma do ensino médio, proposta há duas décadas. Outro tema dessa primeira fase foi a renegociação da dívida dos Estados. Reunimos os governadores e chegamos a um acordo para uma discussão que também se arrastava há anos.
O mesmo fizemos com os municípios: devedores da Previdência, eles estavam imobilizados porque eram classificados como inadimplentes. Resolvemos isso, parcelando em 240 meses a quitação da dívida.
De igual maneira, dividimos, por acordo, a multa pela repatriação de capitais com Estados e municípios. Assim, concretizei o projeto de fortalecimento da Federação, com o qual me comprometi no dia da posse.
Foi também nessa fase que reajustamos o valor do Bolsa Família, congelado havia mais de dois anos, e aumentamos as vagas do Fies. Fizemos ainda a inédita e justa liberação das contas inativas do FGTS, dinheiro devido aos trabalhadores.
Como prometemos, o programa injetou, de fevereiro a julho, mais de R$ 42 bilhões na economia. Citei, aqui, apenas alguns exemplos. Tudo na convicção de que o Brasil tinha e tem pressa.
Passo à segunda fase: a que se iniciou em meio à crise política produzida nos últimos 70 dias. Logo que ela se esboçou, dissemos que o Brasil não iria parar, pois o dever do governo é governar.
De meados de maio a julho, produzimos enormemente: aprovamos no Congresso 11 medidas provisórias e editamos outras 14 -todas essenciais para mudar a dinâmica social e econômica do país.
A modernização da legislação trabalhista, matéria importantíssima também emperrada há anos, foi um dos atos mais significativos. Também nesse período da chamada crise editamos um grande programa de regularização fundiária, com impacto nas cidades e no campo.
Não fugimos de problemas. Não foi sem razão que o Ministério da Justiça passou a ser também da Segurança Pública. O caso do Rio de Janeiro é emblemático: desencadeamos agora medidas planejadas há um bom tempo pelos centros de inteligência federais.
Determinei que fosse destinado orçamento para as operações em curso no Rio que envolvem mais de 10 mil homens e que ocorrem com pleno sucesso. Atuamos porque era urgente garantir a integridade da população do Rio, nossa porta de entrada para os estrangeiros.
As forças federais e as Forças Armadas, que já haviam feito trabalho exemplar no Estado, da Olimpíada até as eleições de 2016, foram requisitadas neste ano no Espírito Santo, no Rio Grande do Norte, no Amazonas, em Roraima e em Mato Grosso do Sul. Sempre buscando garantir a segurança dos brasileiros.
Saibam que o planejamento silencioso da complexa Operação Rio foi concluído nessa segunda fase, quando as vozes do catastrofismo alardeavam: "o governo vai parar". Não parou.
Prosseguiu, agindo com rapidez para buscar eficiência e modernização nos vários setores. Acabamos, por exemplo, de assinar contratos de concessão de quatro aeroportos. Parcerias com a iniciativa privada surgem para incentivar o desenvolvimento e combater o desemprego.
Chegamos agora à terceira fase, que coincide com a retomada dos trabalhos legislativos. Vamos continuar com as reformas estruturantes: são fundamentais para que o próximo governante possa seguir numa direção segura. Previdência, simplificação tributária, reforma política e mais medidas desburocratizantes serão as forças motrizes desta fase.
Continuaremos a trabalhar duro, com a responsabilidade geradora de confiança. Foi neste ambiente que conseguimos reduzir a inflação e os juros. E é isso também que faz ressurgir o emprego. Lutamos para resgatar a tranquilidade social.
Todos os dias, tenho consciência de que pesam sobre meus dois anos de gestão problemas acumulados desde a crise global de 2008, agravados pelas decisões populistas dos últimos anos. A carga é grande, mas os bons resultados nos animam.
Não importam os obstáculos; o importante é que os diversos setores tenham maturidade e disposição para discutir o mérito das questões nacionais.
Temos longa tarefa pela frente. Entre elas, a de pacificar o país, um dos motes de nosso discurso de posse. Chegaremos lá. Com o apoio do Congresso e do povo brasileiro.
MICHEL TEMER é presidente da República. Foi vice-presidente (governo Dilma) e ocupou por três vezes a presidência da Câmara dos Deputados
Fonte: Blog Reinaldo Azevedo + Folha
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