Não há mais tempo para a paz,
Mas é justamente isso o que esperam do homem:
Que ele se derreta,
Para poderem sovar a massa
E transformá-la,
Amoldando,
No modelo de homem ideal.
Não há mais tempo para curtir um carinho,
Pois o homem foge do próprio espírito,
Dando vazão ao seu animal interior,
Que, de repente,
Quer retornar às origens.
Não há mais tempo para ter um objetivo
E correr atrás,
Porque o homem afunda-se
Em idéias preconcebidas
Sobre a vida
Que lhe dizem ser
Glória,
Poder,
Ambições,
Riquezas,
Mas que não estão destinados
Para todos os mortais.
Ora,
As estrelas não são iguais,
Os rios não têm as mesmas dimensões,
Nem o céu estampa as mesmas cores,
Então,
O homem pobre,
Mesmo que labute,
Será sempre pobre.
E o rico o será sempre,
Claro,
Desde que não prodigalizando.
Mas não busque o homem
Um lugar que não mereça
Por simples burrice
Ou desmedida ganância,
Porque a paz estará fora da lei.
E quando ela está fora da lei,
Só mesmo os fora da lei podem encontrar a paz.
- Luiza Válio -
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