Se formos acompanhar a linha dos ultra esquerdistas, o Brasil pertence aos capitalistas americanos. Já se seguirmos a moderna linha dos investidores internacionais, ele começa a pertencer aos chineses. Contudo, a minha análise é de que ambas as correntes estão equivocadas. O Brasil é nosso! Meu, seu, dele, dela... de cada um de nós.
É claro que muitos podem achar que o engano é meu perante essa convicção. Afinal, se olharmos bem as inúmeras opiniões, a começar pela imprensa falada e escrita, pelo Judiciário e Legislativo, pelos segmentos religiosos etc observamos o discurso de que tudo de ruim pelo que temos passado é culpa apenas dos governantes. E essa máxima tem vigorado em todas as esferas, inclusive nos municípios mais longínquos e pequenos.
Porém, se analisarmos com frieza, quando as entidades que mencionei acima referem-se ao problemas pelos quais o Brasil está passando, partem da mesma teoria de que o governo é culpado de tudo e, após suas mais azedas críticas, julgam-se, respectivamente e a seu grupo, os únicos capazes de apontar os melhores pitacos. Porém, esses mesmos segmentos raramente conseguem admitir seus próprios erros, e com o conserto deles melhorar a situação de todos.
Exemplificando, posso citar algumas situações costumeiras. Dentre elas, a questão dos meios de comunicação. Ora, por meio deles são mostrados todos os problemas que afligem nosso país, porém não vemos ações de conscientização para a população quanto a um real senso crítico, ou à necessidade de se mudarem pequenas posturas, como o simples hábito de carregar consigo o lixo em vez de jogá-lo na rua.
Nas escolas recriminam constantemente as condições dos prédios e das instalações, muitas vezes realmente inadequados. Também há uma sistemática cobrança por melhores condições de valorização e remuneração do professor. Mas o que se aponta de efetivo para melhorar a qualidade do ensino dado aos nossos alunos? O sistema educacional de que dispomos é eficiente?
No Judiciário, explicações das mais absurdas são dadas para a morosidade da justiça. Raramente veem-se medidas para eliminar a excessiva burocracia.
No Legislativo, vemos uma tremenda perda de tempo com discursos demagógicos, em vez de meter a mão na massa e buscar solução para os diversos problemas " afora isso aprovando leis que muitas vezes não levam a nada, totalmente inócuas.
Entidades patronais poderiam melhorar ainda mais os trabalhos que são feitos pelos Senai e Senac, por exemplo. Alguém dirá: "como?". Respondo: levando as escolas modelos também às periferias, que são as que mais precisam de instrução e educação para melhorar de vida.
Minha gente, vamos diminuir as críticas e aprender a somar esforços e boas ideias.
O Brasil não é dos americanos e nem dos chineses e nem dos governantes. Ele é nosso! Portanto, mão na massa!
Vitor Sapienza é deputado pelo PPS; está com 83 anos de idade. Assumiu o oitavo mandato com a morte de Celso Giglio, no ano passado.
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