Pedreiro pode ter esfaqueado esposa por falta de almoço em SP.
Crime ocorreu em Cubatão (SP).
(Foto: Arquivo Pessoal)
A morte da repositora Edilma Santos Barbosa, de 26 anos, esfaqueada pelo marido, o pedreiro Edvan Oliveira, de 30, pode ter ocorrido pelo fato de ela não ter preparado o almoço. O crime aconteceu na residência em que os dois moravam, no bairro Sítio Novo, em Cubatão (SP).
Ele também se feriu na confusão e segue internado sob escolta policial no Hospital Municipal da cidade, indiciado pelo crime de feminicídio.
A situação ocorreu no início da tarde de terça-feira (28). Segundo a Polícia Militar, vizinhos que ouviram a discussão acionaram a corporação.
No endereço, as autoridades encontraram Oliveira no sofá, tentando estancar um ferimento no pescoço, e o corpo de Edilma caído em outro cômodo da casa, já sem vida.
De acordo com o advogado do suspeito, Paulo Chaves, consta no boletim de ocorrência a versão do policial que conversou com Oliveira quando chegou à residência do casal, que morava junto há pelo menos 12 anos.
No documento, ele conta que o desentendimento começou pelo fato de não haver almoço em casa.
Suspeito segue internado no Hospital Municipal de Cubatão, SP (Foto: Divulgação/Prefeitura de Cubatão ).
"Não confirmo que, de fato, meu cliente tenha dito isso. Ele ainda está internado, fez uma cirurgia e passou pelo procedimento de traqueostomia, tanto que ele ainda não consegue falar", explica.
O advogado afirma que ele está lúcido, não corre riscos e conseguiu, com dificuldades, dar um parecer do que teria ocorrido.
"Ele diz que houve um desentendimento, que ela se armou com uma faca e partiu para cima dele. Mas ele não consegue dar detalhes, por conta do estado de choque. Só diz que reagiu para se defender", conta. Chaves também afirma que o pedreiro não atentou contra a própria vida.
Caso foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher de Cubatão, SP (Foto: Renan Fiuza/G1).
Para a delegada titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Cubatão, Mayla Ferreira Hadid, ainda não há como comprovar o que, de fato, ocorreu. “Não identificamos testemunhas que acompanharam o teor da discussão”, explica.
Mesmo assim, a cena na residência sugere que não houve legítima defesa. “Ele até pode alegar que o ferimento dele foi feito por ela, mas ele também pode ter se ferido. Na casa, havia cabelo pelo chão, e a vítima tinha ferimentos nas mãos, o que sugere uma tentativa de defesa dela”, explica.
Celestino foi autuado em flagrante pelo crime de feminicídio e segue internado sob escolta policial no Hospital Municipal de Cubatão.
Ainda não há previsão de alta, segundo o advogado, que também afirmou o interesse do cliente em prestar depoimento assim que possível.
G1.
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