O dia vai-se pondo no horizonte,
deixando rastros pelo chão;
são rastros de vida tecidos dia a dia
pelos seres que habitam os rios,
ou que fazem suas casas nas árvores,
ou que se escondem no fundo da terra
ou que espreitam o universo utilizando suas asas;
são seres que todos os dias passam
aos bandos,
aos gritos,
ruidosos ou calados e tristes.
E então,
EU, na minha pequenez e insignificância,
sigo agradecendo por mais um dia.
Porém, cada vez que o dia se pinta de negro,
e me faz mais fraca, mais pusilânime,
mais vou-me sentindo ninguém,
porque é menos um dia de vida
para eu viver.
Luiza Válio.
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