Lula indica filme na Netflix “sobre procuradores que sabiam que os réus eram inocentes”.
"Muito interessante", disse o ex-presidente, alvo de uma condenação contestada por supostas motivações políticas, sobre o filme "Os 7 de Chicago"
Foto: Ricardo Stuckert
O ex-presidente Lula resolveu, neste sábado (5), dar uma dica cultural para seus seguidores nas redes sociais. Ele fez a indicação do filme “Os 7 de Chicago”, de Aaron Sorkin, disponível na Netflix.
“Pra quem tiver procurando um filme pra ver no fds… Os 7 de Chicago, tá na @netflix. Fala sobre um processo onde os procuradores sabiam que os réus eram inocentes, mas seguiram com o caso por questões políticas… Bem interessante”, escreveu Lula em postagem que vem viralizando no Twitter.
O motivo para a grande reação à “indicação cultural” do ex-presidente é a “indireta” na publicação. Ao falar sobre procuradores que “sabiam que os réus eram inocentes, mas seguiram com o caso por questões políticas”, Lula ironiza a conduta do Ministério Público no caso do “triplex do Guarujá”, que o levou a ficar mais de 500 dias preso após condenação em segunda instância.
Mensagens reveladas pela série de reportagens Vaza Jato, do The Intercept Brasil, revelaram uma espécie de conluio entre procuradores e o juiz de primeira instância que era o responsável pelo caso de Lula, Sérgio Moro. As conversas indicam motivações políticas e falta de provas para a condenação do ex-presidente. Por este motivo, somadas a outras supostas evidências de que o MP e o Judiciário não agiram de maneira imparcial, a defesa de Lula pleiteia uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para declarar a suspeição de Moro – o que, naturalmente, anularia a sentença contra o líder do PT.
Nesta sexta-feira (4), inclusive, completaram-se dois anos que a defesa de Lula entrou com o habeas corpus no Supremo pedindo a suspeição do ex-juiz no caso do ex-presidente.
Naquele dia 4 de dezembro de 2018, Moro aceitou ser ministro da Justiça do então recém-eleito Jair Bolsonaro. Entre os argumentos da defesa de Lula, está o fato de o atual presidente ter sido beneficiado com a exclusão do petista do pleito daquele ano.
Desde então, outros fatos corroboraram as alegações sobre a perseguição do ex-juiz e agora ex-ministro contra Lula. Entre eles, se destacam os diálogos revelados pela Vaza Jato.
O julgamento do habeas corpus foi iniciado em junho de 2019, mas ainda aguarda conclusão no STF.
Revista Fórum.
Nenhum comentário:
Postar um comentário