quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

ORVALHO NÃO ENCHE POÇO


                                      
Rememorando. 

Eu só queria entender algumas coisas que acontecem na minha cidade. 
Na mesma semana em que presenciei servente da Escola ‘José Gomide de Castro’ apontar o dedo na cara de uma mãe preocupada com o portão da escola, que permanece aberto sem que ninguém tome providências, e mandando aos berros que ela ‘calasse a boca’, que fosse ‘lavar suas roupas’, que era uma ‘mentirosa’ e que ‘a diretora tem mais o que fazer’. 
Pois é, ao mesmo tempo, encontro bilhetinhos nas pastas dos meus sobrinhos estudantes, o pedido, parece ser quase uma exigência, que as mães mandem dinheiro para a compra de votos que elegerão reis e rainhas de uma festa junina que será ali realizada. 
Ao mesmo tempo, cruzo com levas e levas de estudantes que deixam os bancos escolares e vão para as ruas batendo de porta em porta a pedir roupas, alimentos e agasalhos para serem doados a pessoas carentes. 
Isso é cidadania? 
É essa a cidadania e a educação que se aprende na escola de hoje em dia? 
Que se formem associações para isso! 
E as crianças dos bairros que vêm para a cidade em busca de instrução? 
Enquanto aguardam o motorista chegar, elas brigam, gritam, dão pontapés umas nas outras, uma pancadaria generalizada e ninguém se habilita a sair da toca da escola para ver o que está acontecendo lá fora. 
Parece que ninguém sabe que tudo o que se passa dentro e fora de uma escola ou a ela relacionado está sendo pago com dinheiro público! 
E as escolas rurais? 
Tem aluno ensinando e até praticando sexo com os colegas porque o tal ônibus escolar não chega, constantemente se atrasa. 
Será que terceirizar significa repassar a responsabilidade para esses terceiros e pronto? 
Mas vamos retornar ao caso da servente do ‘Gomide’. 
De tanto que as mães cuidaram do bendito portão, que ela acabou fechando-o às 12:35 horas, porém, descobriram depois que ela só ‘fazia de conta’ que fechava. 
O cadeado nem chegava a ser utilizado e o portão continuou permanecendo aberto. 
Quem será que a tal servente esperava adentrar por aquele portão? 
O caso desse portão do Gomide começou na semana em que por aqui rolaram diversos casos de estupros e tentativas. 
Quem passava por ali sempre via um papel tirado do computador onde se lia que ‘desacato a funcionário público é crime’. 
Que idiotice! 



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