Dia 26 de abril marcou o aniversário de nascimento de José Bento Monteiro Lobato, figura de grande relevo na literatura brasileira.
Nascido no município de Taubaté há cento e trinta anos, foi o pioneiro da indústria livreira no Brasil e, através de livros, panfletos e artigos enérgicos, já propagava o desenvolvimento auto-sustentável do país.
Para ele, um país que possuía tantas riquezas naturais como o nosso jamais poderia deixar-se dominar pelo jugo estrangeiro em qualquer época, em qualquer setor.
Montou sua própria empresa exploradora de petróleo, para, enfim, propalar que “o petróleo é nosso”.
Monteiro Lobato desmascarou as maquinações políticas e a sabotagem dos monopólios norte-americanos.
Como escritor, teve em Jeca Tatu sua maior criação, ele que representava o caboclo brasileiro, vivendo ao desamparo e ao relento dos poderes públicos.
Muitos Jeca Tatu ainda existem no Brasil.
Escondem-se nos arrabaldes das cidades grandes ou pequenas como a nossa, em zonas distantes dos centros, sob vocábulos diversos: matuto, roceiro, sertanejo, capiau, caipira, sonhando sempre com o impossível.
Milhares de Jeca Tatus são enxotados do campo anualmente para cair nas malhas de um assistencialismo canibal que existe na zona urbana.
Mas a exemplo do seu criador, há muitos Jeca Tatus que ainda tem dignidade no Brasil e em minha cidade também.
Principalmente aqueles que não venderam seus votos em troca de supostas futuras estufas e empregos descartáveis na Prefeitura local.
Graças a Deus!
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