sexta-feira, 5 de setembro de 2014

BAIRRO TURVO DA LAGOA, EM SÃO MIGUEL ARCANJO, PEDE ATENÇÃO DAS AUTORIDADES


O Bairro Turvo da Lagoa, localizado em São Miguel Arcanjo, foi imortalizado na primeira edição do volume "A LAGOA DO CEDRO E O TURVO DA LAGOA", do confrade Miguel França de Mattos. 
Foi nesse Bairro, inclusive, que nasceu seu saudoso pai, Olímpio França de Mattos.
É lugar de gente decente, ordeira, que respeita as leis e cumpre seus deveres sociais.
Todavia, a bondade e a paciência da população local estão chegando ao seu limite. 
O Bairro vem sendo infestado por cães e gatos que estão sendo levados por moradores da cidade e lá abandonados junto à "Ponte do Marciano". 
Como a ponte se localiza antes de chegar ao referido Bairro, é óbvio que os animais esfomeados e solitários encaminhem-se para o centro, em busca de comida e guarida. 
- Matilhas inteiras são lá despejadas, como alega Lucas Galvão, cuja mãe reside no lugar.
- Muitas pessoas estão fazendo o que podem para que os bichos não venham a morrer de fome, mas isso não pode continuar, afirma outro morador.
- Já chamamos o VivaCão, mas eles não resolvem nada. Ora, se a gente tem condição de dar ração todo mês pro VivaCão, então a gente mesmo pode cuidar do animal, né? - questiona uma estudante do bairro.
Embora insatisfeitos com o problema que já vem ocorrendo há algum tempo, nenhum morador chega a maltratar os bichinhos. Nem mesmo as crianças.
É sabido que a superpopulação de cães e gatos em centros urbanos ocasiona muitos problemas, tais como: transmissão de zoonoses (raiva, leptospirose, leishmaniose, entre outras); agressões envolvendo pessoas ou outros animais; contaminação ambiental por dejetos e pêlos e dispersão de lixo; distúrbios de trânsito de veículos ocasionando acidentes e atropelamentos; e danos à propriedade pública ou particular. E o 
controle destas populações representa um desafio constante para todas as sociedades, pobres ou ricas, devido ao laço afetivo que caracteriza a relação do homem com os animais.
A necessidade de controlar os animais de estimação sempre envolve dois atores sociais: o proprietário, a quem cabe exercer o direito de possuir um animal (de maneira responsável, zelando pela sua saúde, pelo controle reprodutivo, pela destinação de filhotes e mantendo-o domiciliado) e o poder público, responsável pelas 
ações de controle dos animais errantes com vistas à proteção da saúde pública, porém, com posturas humanitárias em relação a eles, 
através de projetos educativos de controle de natalidade de populações animais, de medidas corretivas do meio ambiente e de fiscalização da aplicação de legislação vigente.
O abandono de animais configura maus-tratos e isso é crime.
O povo do Bairro Turvo da Lagoa só pede que os cidadãos se conscientizem do que estão fazendo com seus animais, e consequentemente com o meio ambiente, e mudem seus hábitos. 
Já ao poder público, que deve ter tomado conhecimento do problema mas nunca age, uma sugestão: que tal mandar instalar lá na "Ponte do Marciano" - e em diversas outras pontes no município - uma câmera para multar as pessoas que agem da forma como estão agindo ao jogarem seus animais nas águas que passam sob a Ponte do Marciano?
Com certeza, daria para auxiliar monetariamente à entidade VivaCão, onde por certo existem pessoas que amam cuidar dos animais.
O que não está certo é aguardar que num futuro muito próximo, se as autoridades não tomarem providências, o Bairro Turvo da Lagoa venha a transformar-se num canil a céu aberto ou num cemitério de animais abandonados.

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