quinta-feira, 22 de junho de 2017

TAL QUAL OS MUROS, DENTRO DO PRÉDIO A IMUNDÍCIE IMPERA


























Estamos falando do prédio sito à Rua Campos Sales, 372, de propriedade da Associação Cultural e Recreativa São-Miguelense, da colônia nipônica de São Miguel Arcanjo.
Locado pela administração, ali permaneceu a Secretaria de Educação por quase duas gestões ( dos ex-prefeitos Antonio Celso Mossin e Tsuoshi José Kodawara); neste último governo, passou a funcionar na Rua Leontino Arantes Galvão, no prédio - reformado- onde durante mais de 60 anos estabeleceu-se a Santa Casa com PA e Maternidade, que depois foram "implodidos".
A Junta Militar que também funcionava ali foi solicitado que a Prefeitura encontrasse outro espaço o mais rapidamente possível, o que veio a acontecer.
Ficou ali o Cis Curumim, entidade que cuida de pouco mais de uma centena de crianças e adolescentes carentes e problemáticos, porque o prédio que a abriga estava em reforma; juntando-se a isso, a maneira com que a prefeitura trata da coisa que ela utiliza: tudo se detona, não se conserta nada, muito menos se respeita quando o imóvel nem a ela pertence.
Pois hoje, ao passarmos ali em frente, Maria Perpétua e eu, e vendo que a porta da rua estava totalmente aberta, bem como o gradil que parece porta de presídio, adentramos para ter uma ideia de como a prefeitura estava entregando de volta o prédio aos antigos proprietários.
Chamamos e chamamos. 
Como ninguém respondia, fomos entrando e continuando a chamar. 
Nada! 
Ninguém! 
Mas a sujeira que está no local é de enojar. 
Roupas e mais roupas jogadas desde o chão do quintal até uma outra sala nos fundos. Dois armários contendo livros escolares novos com as portas abertas e muitos deles jogados ao chão. 
Os fios de eletricidade estão detonados.
Há muito lixo.
Quem tomava conta das crianças e adolescentes, com certeza não os instruiu para nada.
Dá até impressão que esses meninos e meninas ficavam por ali à toa, quando desejavam ficar, e brincando... do que será?
Fomos ao escritório que há em frente; inquirimos à recepcionista se ela havia visto alguma coisa, mas qual!
Ligamos ao Cis Curumim e explicamos o porque da nossa preocupação; lá disseram que a chave fora entregue a uma pessoa chamada Rafaela, do CRAS.
No CRAS ainda pedimos para falar com a responsável pela Assistência Social, mas impossível: R E U N I Ã O!
Lembramos então de avisar à senhora Eskata (bem, não deve ser esse o nome, mas foi o que entendemos), que faz parte da Associação que tem escritório pegado a este prédio.
Ela nos respondeu que iria dar uma olhada lá e que na rua ninguém sabe de nada mesmo. 
------ Muitas vezes nós fomos assaltados aqui e ninguém nunca percebeu nada, disse.
Avisamos, finalmente, que, ao certificarmos de que não havia ninguém lá dentro, a gente puxou a porta e saiu dali. 
 

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