Por: Reinaldo Azevedo/
Publicada: 29/01/2019 - 9:15
A Vale já é alvo de uma ação pública coletiva (class action, em inglês) iniciada na noite desta segunda-feira numa corte distrital de Nova York, nos Estados Unidos.
O processo acusa a mineradora brasileira de mentir para os investidores sobre seu comprometimento em garantir a segurança de seus trabalhadores, diante do rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais.
Além da Vale, o presidente da empresa, Fábio Schvartsman, e o diretor financeiro, Luciano Siani, são arrolados individualmente na ação.
O acidente já contabiliza mais de 60 mortos e cerca de 300 pessoas desaparecidas.
A maioria das vítimas é de trabalhadores da mineradora. Nesta segunda-feira, a Vale perdeu R$ 72,7 bilhões em valor de mercado, num tombo histórico de 24,52%.
A queda dos papéis da companhia afetou o Ibovespa, que recuou 2,29%.
A ação protocolada por Bryan Rauch acusa a Vale e dois de seus executivos por decisões equivocadas e omissões que causaram perdas significativas a ele e a outros investidores da companhia, já que a mineradora vem sendo alertada sobre o risco de outros acidentes desde o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em 2015, que deixou 19 mortos.
O escritório Bernstein também protocolou uma ação contra a mineradora.
Em nota, o escritório afirma que a Vale “falhou em avaliar o risco e o potencial de danos de um rompimento na barragem do Feijão”, o que causou a morte de dezenas de pessoas.
Por isso, considera que as declarações da empresa foram “falsas ou enganadoras e/ou não tinham fundamentos razoáveis.
Outros três escritórios — Pomerantz, Schall Law e Wolf Popper — também anunciaram a abertura de investigações para a abertura de processos.
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No Globo
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