quinta-feira, 15 de julho de 2021

GREVE EM SÃO PAULO:

 

CPTM: ferroviários de SP entram em greve por tempo indeterminado; sindicatos cobram reajuste salarial.
Por Redação Ucho.Info/15 de julho de 2021.




A quinta-feira (15) não será fácil para os trabalhadores da Grande São Paulo. Isso porque o Sindicato dos Ferroviários de São Paulo decidiu por iniciar greve por reajuste salarial. De acordo com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), serão afetadas as linhas 7-Rubi, 8-Diamante, 9-Esmeralda e 10-Turquesa.
O Sindicato alega que desde março tenta negociar com a direção da CPTM, que propôs reajuste salarial de 0% para este ano de 2021 e se mostrou “intransigente” durante reunião no Tribunal Regional do Trabalho.
De acordo com o sindicato, a CPTM não reajusta os vencimentos desde 2019 e está atrasando a data-base da nova proposta aos trabalhadores. Eluiz Alves de Matos, presidente dos ferroviários, disse que a CPTM também não cumpriu acordo prévio de pagamento da multa do Programa de Participação de Resultados, cujas parcelas estavam previstas para março e junho deste ano.
“Trabalhamos em toda a pandemia, perdemos vários companheiros para a Covid-19, e estamos sem reajuste desde o ano passado. Aguardamos que o governo do Estado se sensibilize e minimamente atenda às nossas demandas”, afirmou Matos.
Os ferroviários decidiram a favor da greve durante assembleia da categoria realizada em 6 de junho. Uma nova reunião está marcada para a tarde desta quinta-feira. Além do Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, aderiram à paralisação o Sindicato dos Ferroviários da Zona Sorocabana e o Sindicatos dos Engenheiros de São Paulo.
“O TRT propôs que a CPTM repusesse o salário em 6,22%, mas a empresa não aceitou. A categoria está cansada de tanto desrespeito e resolveu parar o serviço a partir da 0 hora dessa quinta”, declarou o presidente interino do Sindicato da Sorocabana, José Claudinei Messias.
A CPTM, por sua vez, em nota publicada nas redes sociais, lamenta a decisão dos ferroviários e destaca que decisão da Justiça do Trabalho obriga a manutenção de 80% dos profissionais da categoria durante os horários de pico e de 60% nas demais horas, sob pena de R$ 100 mil por hora.
“A empresa também irá operar com um plano de contingência para atender a todos que precisam do transporte, principalmente aos que trabalham em serviços essenciais”, ressalta a nota.

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