Arthur Lira devaneia ao sugerir afirmar que voto impresso divide o País e diz que levará PEC ao plenário.
Por Redação Ucho.Info/06 de agosto de 2021.Muito antes de o presidente Jair Bolsonaro criticar o Centrão, nos tempos em que não era refém de parte do Congresso Nacional, o UCHO.INFO já afirmava que o grupo parlamentar em questão é o que existe de pior na política brasileira.
Não é preciso muito esforço do raciocínio para chegar a essa conclusão.
Basta reconhecer que políticos como Arthur Lira, Ricardo Barros e Ciro Nogueira, todos filiados ao PP, mandam no governo.
Na tarde desta sexta-feira (6), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou que levará ao plenário da Casa legislativa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso, apesar de o texto ter sido derrotado em comissão especial na noite anterior.
De acordo com Lira, a decisão de levar a PEC ao plenário permitirá aos 513 deputados se manifestarem sobre o assunto, que, segundo o parlamentar, divide o País.
“O plenário será o juiz desta disputa, que, infelizmente, já foi longe demais”, afirmou o presidente da Câmara.
“Vamos levar sim a questão do voto impresso ao plenário. Não há nada mais livre do que deixar o plenário se manifestar”, disse o presidente da Câmara dos Deputados, que com sua decisão deu sobrevida à PEC do voto impresso.
O anúncio de Lira ocorreu horas depois de o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmar que o Congresso Nacional tende a rechaçar a mudança do voto eletrônico para o impresso, como quer o aprendiz de ditador Bolsonaro.
“O que se avizinha é uma solução com a votação de ontem [quinta-feira] na comissão da Câmara dos Deputados, um reconhecimento, de que a tese do presidente, de seus apoiadores e parlamentares, é uma tese que a princípio será vencida”, disse Pacheco.
“Sendo vencida, todos aqueles que foram vitoriosos na tese, e derrotados na tese, haverão de respeitar, porque isso é democrático, o resultado das eleições de 2022”, emendou.
“O que não podemos é questionar a pretexto disso a lisura e legitimidade das eleições de 2022. Há uma tendência muito forte a partir dessa votação na Câmara que este assunto se encerre na Câmara. Caso não se encerre, o Senado, no seu momento oportuno, prevalecendo a maioria, decidirá a respeito desse tema”, completou o senador mineiro.
Um dos líderes do bloco parlamentar que a todo instante empareda o presidente da República, Lira tem garantido o direito à livre manifestação do pensamento, como reza a Constituição Federal, mas alegar que o tema do voto impresso divide o País é uma falácia monumental.
Apenas os milicianos bolsonaristas defendem a implantação do voto impresso.
Arthur Lira é um especialista no nauseante escambo político e busca atender aos anseios de Bolsonaro na esperança de não ver o fundo eleitoral vetado pelo presidente da República, de quem espera apoio político para aprovar mudanças nas regras eleitorais, principalmente o chamado “distritão”, que levará ao Parlamento inexperientes que abusam do histrionismo, além dos velhacos de sempre.
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