Não morreram só Bruno e Dom.
Morreram de novo nossos antepassados que vieram de longe atrás da realização de sonhos os mais bem idealizados, todos eles iludidos por um país que parecia predestinado a ser habitado por gente de boa índole e varonil.
Morreram de novo nossos avós que cuidaram da terra, da cultura local, da educação de seus filhos e netos que chegavam tão queridos para viverem num território de exuberante natureza onde se via a miscigenação entre as tantas "tribos" que apenas queriam sobreviver e por isso até guerreavam entre si.
De repente, também morreu nossa coragem, morreu o desejo de honrar a bandeira de um próprio país como símbolo de vida e devoção.
Morre a vontade de entregar nossos filhos e netos à mercê de um país sem eira e nem beira, encostado a um precipício cuja altura é maior do que a distância entre o céu e o horizonte visíveis, e que, mais dia, menos dia, as colônias do mal prometem esmagá-lo.
Que Deus se apiade das almas de Dom e de Bruno e também dos mandantes de um ato criminoso tão desgraçado que depois ainda pedem que se esquartejem os corpos como se fossem carcaças de animais indefesos.
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