Antonio Candeia Filho - a caricatura ao lado é de Mário Tarcitano (tarcitano@artnet.com.br) nasceu no dia 17 de agosto de 1935 e morreu no dia 16 de novembro de 1978 na cidade do Rio de Janeiro.
Era filho de um tipógrafo que tocava flauta e que inventou a tal de Comissão de Frente nas Escolas de Samba; assim, o garoto cresceu no meio dos colegas do pai, ouvindo samba e chorinho.
Candeia aprendeu logo a tocar violão e cavaquinho, jogar capoeira, frequentar terreiros de candomblé, transformando-se no maior defensor da cultura afro-brasileira.
Com 17 anos, compôs seu primeiro samba-enredo (Seis Datas Magnas), ao lado de Altair Marinho, o Prego, levando a Portela ao título com notas dez em todos os quesitos; foi a primeira de seis vitórias no concurso interno de samba-enredo da escola. Compôs Festas Juninas em Fevereiro de 1955, com o irmão Valdir 59, classificando a escola em terceiro lugar. Dois anos depois, também com o irmão, o samba-enredo Legados de D. João VI levou a escola a novo título.
No início dos anos 60, dirigiu o conjunto Mensageiros do Samba e em 1961 entrou para a polícia, onde passou a ter fama de truculento e a causar ressentimentos entre seus antigos companheiros.
No início dos anos 60, dirigiu o conjunto Mensageiros do Samba e em 1961 entrou para a polícia, onde passou a ter fama de truculento e a causar ressentimentos entre seus antigos companheiros.
Virou-se contra as rodas de samba.
Chegou até a prender um irmão e a enquadrar Paulinho da Viola por jogar sinuca num bar.
Foi quando aconteceu uma tragédia que mudou sua vida: ao esbofetear uma prostituta, ela rogou-lhe uma praga; na noite seguinte, numa discussão de trânsito, ele desceu do carro e descarregou o
revólver contra o motorista de um caminhão, que revidou, acertando-lhe
um tiro na coluna vertebral.
Candeia ficou paraplégico.
A tragédia
transformou sua vida.
Ou o devolveu às suas origens.
Acabou -se a alegria de Candeia.
As composições saiam dolorosas, num surdo diálogo com a cadeira de rodas.
Recolheu-se em sua casa; não recebia mais ninguém.
Os amigos Martinho da Vila e Bibi Ferreira encetaram grande luta e conseguiram trazê-lo de volta à vida.
Agora, da cadeira de rodas Candeia passou a comandar como um rei.
Grande personalidade, Candeia foi líder carismático, sempre em sintonia com seu povo.
Grande personalidade, Candeia foi líder carismático, sempre em sintonia com seu povo.
Em dezembro de 1975, fundou a Escola de Samba Quilombo, que deveria carregar a bandeira do samba autêntico. Nesse mesmo ano, compôs seu "Testamento de Partideiro", onde dizia: Quem rezar por mim que o faça sambando.
Em 1978, ano de sua morte, gravou Axé um dos mais importantes discos da história do Samba e ainda viu publicado seu livro escrito juntamente com Isnard: Escola de Samba, Árvore que Perdeu a Raiz.
Sentando em trono de rei
Ou aqui nesta cadeira
Eu já disse, já falei
Que eu canto de qualquer maneira
Quem é bamba não bambeia
Digo com convicção
Enquanto houver sangue nas veias
Empunharei meu violão
De qualquer maneira meu amor eu canto
De qualquer maneira, meu encanto
Eu vou cantar
Deixe-me ir, preciso andar
Vou por aí a procurar
Sorrir pra não chorar
Quero assistir o sol nascer
Ver as águas do rio correr
Ouvir os pássaros a cantar
Eu quero nascer, quero viver
Deixe-me ir, preciso andar
Vou por aí a procurar
Sorrir pra não chorar
Não acende a luz dentro do quarto
Volto para os teus braços aceso de amor
Deixei lá fora os meus fracassos
Meus lábios contaram-me os segredos
Verdade do amor sem medo
Me sinto igual a uma folha caída
Sou o adeus de quem parte
Para quem a vida é pintura sem arte
(…) Se estás procurando distração
O romance terminou mais cedo
Peço por favor
Pra não brincar com meu segredo
Verdadeiro amor não é brinquedo (…)
Eu não sou africano
Nem norte-americano
Ao som da cuíca e pandeiro
Sou mais o samba brasileiro
Em 1978, ano de sua morte, gravou Axé um dos mais importantes discos da história do Samba e ainda viu publicado seu livro escrito juntamente com Isnard: Escola de Samba, Árvore que Perdeu a Raiz.
Sentando em trono de rei
Ou aqui nesta cadeira
Eu já disse, já falei
Que eu canto de qualquer maneira
Quem é bamba não bambeia
Digo com convicção
Enquanto houver sangue nas veias
Empunharei meu violão
De qualquer maneira meu amor eu canto
De qualquer maneira, meu encanto
Eu vou cantar
Deixe-me ir, preciso andar
Vou por aí a procurar
Sorrir pra não chorar
Quero assistir o sol nascer
Ver as águas do rio correr
Ouvir os pássaros a cantar
Eu quero nascer, quero viver
Deixe-me ir, preciso andar
Vou por aí a procurar
Sorrir pra não chorar
Não acende a luz dentro do quarto
Volto para os teus braços aceso de amor
Deixei lá fora os meus fracassos
Meus lábios contaram-me os segredos
Verdade do amor sem medo
Me sinto igual a uma folha caída
Sou o adeus de quem parte
Para quem a vida é pintura sem arte
(…) Se estás procurando distração
O romance terminou mais cedo
Peço por favor
Pra não brincar com meu segredo
Verdadeiro amor não é brinquedo (…)
Eu não sou africano
Nem norte-americano
Ao som da cuíca e pandeiro
Sou mais o samba brasileiro
Fonte: Veja.com/Blog Passarela/Candeia
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