sábado, 24 de fevereiro de 2018

PAROU PARA PENSAR?



Foi lendo um artigo de Luciana Camperlingo, perita grafotécnica da Conserto Consultoria, intitulado Perícia grafotécnica – a escrita pode revelar seus sentimentos - 
que me tomei de sobressalto. 
Deveras que não havia cogitado sobre o tema. 
Diz Luciana 
que a escrita é como nossa digital, e assim como não existem digitais iguais, não existem letras iguais. Podem até ser parecidas, porém nunca serão idênticas, pelo simples motivo de que aquilo que reproduzimos no papel é o resultado de um mecanismo que se origina de um espaço de nosso organismo, lotado de pensamentos, experiências individuais e sentimentos próprios de cada um.
Portanto, continua Luciana, 
escrever é como pintar um quadro, pois demonstra a personalidade de uma pessoa como um todo. O ato de escrever externaliza o "eu", mostra a capacidade mental de cada indivíduo, como ele se organiza, como sente as coisas, como toma suas decisões, seu equilíbrio interior, seu grau de maturidade, como se relaciona com outras pessoas, enfim, o ato de escrever coloca para fora sentimentos não demonstrados no ato de digitar. 
A reação e o sobressalto sentidos ao ler a matéria, me deixou inclusive sentida e saudosa de mim. 
Por que? 
Porque nós estamos perdendo nossa capacidade real de sentir as coisas; não é mais nossa escrita que está ali no papel e sim uma forma estereotipada de comunicar aos outros aquilo que queremos, porém, de maneira maquinal.
Oxalá não percamos, no futuro, sensibilidade para com a vida já que a nossa identidade rapidamente vem sendo engolida sorrateiramente pela maravilhosa (?) tecnologia. 
Será que para nos tornar robôs e exatamente iguais? 
Por favor! 

- Onde li esse artigo? No Migalhas Quentes. 


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