Após ataques, Moro autoriza envio da Força Nacional para o Ceará. Cerca de 300 homens atuarão por 30 dias em apoio à PF, PRF, Depen e forças de segurança do estado, segundo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Plínio Aguiar, do R7
Geraldo Bubniak/ AGB/ Estadão Conteúdo
Diversas cidades do Estado registraram ataques desde a noite de quarta-feira (2).
Cerca de 300 homens e 30 viaturas da Força Nacional seguem ainda hoje para o Estado e atuarão por 30 dias em ações de segurança e apoio à PF (Polícia Federal), à PRF (Polícia Rodoviária Federal), ao Depen (Departamento Penitenciário Nacional) e às forças policiais estaduais. Caso necessário, o prazo de atuação da FN poderá ser prorrogado.
A decisão foi tomada após os episódios de violência registrados e à dificuldade das forças locais combaterem sozinhas o crime organizado. Também foram consideradas a gravidade dos fatos, a necessidade de manutenção da segurança pública e o dever das forças policiais federais e estaduais de, por ação integrada, proteger a população civil e o patrimônio público e privado de novos incidentes.
Segundo a portaria, foi determinado que as polícias federais intensifiquem as ações de prevenção e repressão ao crime organizado e que o Depen preste todo o apoio necessário para as ações de segurança pública no estado. A forma de atuação será definida pela Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública).
Ceará registra ataques em diversos pontos de Fortaleza e outras cidades/Reprodução.
Os ataques foram feitos após a declaração do novo secretário de Administração Penitenciária do Estado, Luís Mauro Albuquerque, de que não reconhece facção criminosa no Ceará. Ele confirmou que a divisão de presos por unidades não irá mais obedecer a distribuição por vínculos com organizações criminosas.
O governador Camilo Santana, que assumiu na terça-feira (1°) o segundo mandato, para o qual foi reeleito em outubro de 2018, havia dito em janeiro do ano passado que das 441 mortes registradas nos primeiros 29 dias de 2018, 84% eram vinculadas às facções criminosas.
O principal grupo criminoso do Ceará é o GDE (Guardiões do Estado).
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