sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

DO MEU GURU: SE ENTENDESSE MINIMAMENTE DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS, ARAÚJO PEDIRIA PARA SAIR.


Pequim cobra demissão de Ernesto Araújo para liberar insumos necessários às vacinas contra Covid-19.
Por Redação Ucho.Info/21 de janeiro de 2021.


Com a inacreditável dificuldade do Brasil para produzir milhões de doses das vacinas Coronavac (Sinovac/Butantan) e Covishield (AstraZeneca/Oxford) por causa da falta de Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) fabricados na China, o Palácio do Planalto, que busca desesperadamente uma saída para não interromper a vacinação no País, se deparou com situação constrangedora e que confirma a enorme incompetência do governo.
Em conversas com representantes do governo Bolsonaro, o embaixador da China em Brasília, Yang Wanmin, cobrou que o País adote posição favorável em relação ao gigante asiático. Wanmin, que até dias atrás era considerado “persona non grata” na Esplanada dos Ministérios, agora é cortejado pela cúpula do governo.
Os constantes e rasteiros ataques do ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores) ao governo chinês não foram bem assimilados em Pequim, que sugere a demissão do chanceler e espera uma sinalização positiva do presidente Jair Bolsonaro, em comunicado oficial, destacando a boa relação entre os dois países.
Na quarta-feira (20), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ainda ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, estiveram reunidos com representantes da China para negociar uma solução para o impasse que ronda a liberação dos insumos farmacêuticos.
O embaixador chinês ressaltou, durante o encontro com Maia e Pazuello, que sempre existiu boa relação entre os dois países, mas em razão dos ataques feitos por Araújo à China, nos últimos dois anos, o relacionamento ficou estremecido. 
“Com o Ernesto nós não conversamos mais”, teria afirmado Yang Wanming.
Tomando por base que a China é o principal e mais importante parceiro comercial brasileiro, ao presidente Jair Bolsonaro só resta demitir o ministro de relações Exteriores, que desde sua chegada ao Itamaraty, em janeiro de 2019, atuou para derreter a diplomacia brasileira como um todo.
Depois da reunião de Rodrigo Maia e Eduardo Pazuello com o embaixador chinês, Bolsonaro entrou no circuito e tentou conversar por telefone com o presidente da China, Xi Jinping.
Ao presidente da República não resta saída, caso queira tentar evitar a abertura de caminho para um processo de impeachment. A eventual demissão de Ernesto Araújo não é assunto novo no Palácio do Planalto, onde a cabeça do chanceler tem sido pedida constantemente pelos generais palacianos.
A situação de Araújo piorou muito após a posse de Joe Biden como presidente dos Estados Unidos, o que exige, na opinião dos militares, a adoção de medidas pragmáticas no campo da diplomacia. 
Além disso, o novo governo dos Estados Unidos torce para que a demissão do chanceler brasileiro ocorra em breve.
O único entrave para a exoneração de Ernesto Araújo é a ala ideológica do governo, que tem como apêndice o chamado “gabinete do ódio”. 
Se entendesse minimamente de relações internacionais, Araújo pediria para sair. 
O próximo na fila da degola deve ser o ministro Eduardo Pazuello.

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