terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

SÃO MIGUEL ARCANJO, TERRA DAS BIBLIOTECAS.



Ler, para o sãomiguelense sempre teve muita importância, principalmente nos primórdios de sua história.
Em 1.920, Mário de Medeiros possuía uma livraria no Centro Comercial. Foi a primeira da cidade e bastante visitada pelos intelectuais da época.
No ano de 1.921 existia uma biblioteca na sede do Clube Literário Recreativo ‘Campos Sales’, fundado em 11 de abril de 1.921, e que tinha como membros: José Galvão, Presidente; José dos Santos Terra, Vice; Manoel Fogaça de Almeida Júnior, 1º. Secretário; Arthur das Chagas Monteiro, 2º. Secretário; Cel. João Balduino Ribeiro, 1º. Tesoureiro; José Terra, 2º. Tesoureiro e Abílio Ferreira, Procurador. 
Um dos associados, Mário Augusto de Medeiros foi o maior arrecadador de livros para a entidade, chegando a viajar, às suas expensas, aos municípios da região e até da metrópole, a fim de pedir doações e aumentar o acervo da referida biblioteca.
A Associação de Pais e Mestres, fundada em setembro de 1.931 pelo Major Luiz Válio, fomentou a primeira Biblioteca Pedagógica Infantil da cidade e tinha como principal objetivo desenvolver nas crianças o gosto pela leitura e o amor pelos livros.
Em 1.932, a Biblioteca da Pia União das Filhas de Maria, tocada por Maria José Gonçalves, Benedita e Maria Galvão, Maria Conceição Noronha, Iracema Fogaça, Isabel Terra, Maria de Lourdes e Maria Aparecida Válio, muito auxiliava na educação das crianças e das famílias em geral. 
Naquela época, os livros mais lidos tinham a ver com biografias.
Na década de 50, a Biblioteca particular que viera com o Padre Francisco Ribeiro, era bastante visitada pelos estudantes. 
Esses volumes perderam-se no tempo.
Nos anos 70, Maria Alice Conde Alves Rodrigues encampou um movimento para a criação de uma Biblioteca Pública. 
Fizeram parte dessa ação, entre outros, Osmar Rodrigues dos Santos, Miguel Nogueira Machado, Pedro Paulo de Oliveira, Antonio Cláudio Nogueira, Shoiti Ueda, Geraldo Araujo, José Dias, Miguel Pereira da Silva e Carlos Iwassaki. 
Os livros arrecadados foram entregues à Prefeitura local que acabou criando a Biblioteca Municipal ‘Dr. Vital Fogaça de Almeida’, que foi extinta e em seu lugar criada a Biblioteca da Câmara Municipal, inaugurada em 30 de outubro de 2.000.
Outra Biblioteca famosa dentro do município fica na Colônia Pinhal; tem mais de vinte anos e possui um acervo de mais de 70 mil volumes, todos eles na língua japonesa.
No ano de 1.999, Luiza Valio, uma das fundadoras da Associação Casa do Sertanista de São Miguel Arcanjo, idealizou e foi à luta, tornando possível a criação de uma Biblioteca que contivesse alguns desses antigos livros resgatados junto à comunidade, somando hoje cerca de 20 mil volumes. 
Até a presente data, sem contar com auxílio dos poderes constituídos.
No ano de 2.002, a cidade foi agraciada com o projeto ‘Ler é Preciso’ e recebeu uma Biblioteca (com cerca de 500 livros) e uma Brinquedoteca, ambas doadas pela Cia. Suzano de Papel e Celulose, que tem vasta área no município tomada por seus eucaliptos.
Os funcionários da Biblioteca Ler É Preciso são remunerados pela Prefeitura local.
Isso quer dizer que na cidade de São Miguel Arcanjo só não lê quem não quer!



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