Morte por câncer aumenta 216% nos primeiros seis meses deste ano em Garça.
Num cenário não muito agradável o que se vê é o garcense sendo sucumbido por velhas doenças.
Num cenário não muito agradável o que se vê é o garcense sendo sucumbido por velhas doenças.
Nos seis primeiros meses desse ano as doenças do aparelho circulatório foram as que mais mataram. Das 192 mortes registradas no período, 47 foram em decorrência dos males do aparelho circulatório (24,47%).
No entanto o que chama a atenção é o aumento no número de pessoas vitimadas pelos cânceres. Foram 38 mortes causadas pelas neoplasias nos seis primeiros meses deste ano.
Um aumento de 216,73% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram registradas 12 mortes.
Segundo a presidente da Associação dos Voluntários de Combate ao Câncer (AVCC) Júlia Kawasaki Hori, até algum tempo as pessoas escondiam o problema. Até mesmo a pronúncia da palavra câncer vinha carregada de “fantasmas”.
-------- “As pessoas não têm sequer a coragem de falar a palavra câncer. No Hospital Amaral Carvalho, em Jaú, somos orientados a trabalhar esta questão. Os pacientes aprendem que é a mesma coisa que falar apendicite”, disse ela.
A conduta, como disse Júlia Hori, desperta a consciência das pessoas e, com relação aos números de mortos registrados em Garça, ela não soube precisar os motivos, mas fez algumas colocações com relação ao diagnóstico da doença.
Hoje, segundo ela, as pessoas procuram pelo diagnóstico logo nos primeiros sintomas e a cada ano o tratamento vem se iniciando mais cedo.
De acordo com Júlia Hori, no primeiro ano da associação em Garça, foram registrados muitos casos de óbitos.
Segundo a presidente da Associação dos Voluntários de Combate ao Câncer (AVCC) Júlia Kawasaki Hori, até algum tempo as pessoas escondiam o problema. Até mesmo a pronúncia da palavra câncer vinha carregada de “fantasmas”.
-------- “As pessoas não têm sequer a coragem de falar a palavra câncer. No Hospital Amaral Carvalho, em Jaú, somos orientados a trabalhar esta questão. Os pacientes aprendem que é a mesma coisa que falar apendicite”, disse ela.
A conduta, como disse Júlia Hori, desperta a consciência das pessoas e, com relação aos números de mortos registrados em Garça, ela não soube precisar os motivos, mas fez algumas colocações com relação ao diagnóstico da doença.
Hoje, segundo ela, as pessoas procuram pelo diagnóstico logo nos primeiros sintomas e a cada ano o tratamento vem se iniciando mais cedo.
De acordo com Júlia Hori, no primeiro ano da associação em Garça, foram registrados muitos casos de óbitos.
------- “Havia uma demanda reprimida de pessoas que estavam sem acompanhamento adequado. Com o tempo o que observamos é que temos mais fichas em nossos arquivos. Isso mostra que estamos tendo sucesso nos casos tratados”, diz ela.
Júlia Hori informa que atualmente – dados do início do mês de setembro – a associação atende cerca de 300 pessoas (um número considerado alto).
O Hospital Amaral Carvalho é uma das referências e o destino de muitos garcenses que lutam contra o câncer. Segundo dados do hospital, nos seis primeiros meses deste ano a instituição atendeu 160 pessoas de Garça.
Entre os 38 óbitos registrados neste ano de vítimas do câncer, dois eram de pacientes tratados em Jaú. O cenário preocupa e a cada dia um novo diagnóstico é feito.
Para o médico Francisco Ivan Braga Faig, clínico geral e pneumologista, os números de casos de câncer em Garça são altos.
------- “Desde que cheguei em Garça, em 1984, achei que os números registrados na cidade eram altos. Na época achei que era em decorrência dos defensivos agrícolas utilizados (BHC)) que jogavam de avião nas propriedades de avião. Hoje não se tem mais esta postura, mas isso fica no meio ambiente por muitos anos”, colocou ele, dizendo que as possíveis causas da incidência de neoplasias malignas na cidade vêm sendo estudadas.
De acordo com dados do Hospital Amaral Carvalho, no período de 2000 a 2013, as neoplasias representaram a segunda causa de mortes em Garça, respondendo por 13,9 de todos os óbitos, e há uma prevalência em pessoas do sexo feminino no mesmo período.
Dados de morbidade da Secretaria de Saúde de Garça mostram que nos seis primeiros meses de 2014 os cânceres foram responsáveis por 7,79% dos óbitos registrados no período, neste ano o percentual subiu para 19,79%.
No primeiro semestre do ano passado foram registradas 154 mortes, sendo 75 mulheres e 79 homens.
Júlia Hori informa que atualmente – dados do início do mês de setembro – a associação atende cerca de 300 pessoas (um número considerado alto).
O Hospital Amaral Carvalho é uma das referências e o destino de muitos garcenses que lutam contra o câncer. Segundo dados do hospital, nos seis primeiros meses deste ano a instituição atendeu 160 pessoas de Garça.
Entre os 38 óbitos registrados neste ano de vítimas do câncer, dois eram de pacientes tratados em Jaú. O cenário preocupa e a cada dia um novo diagnóstico é feito.
Para o médico Francisco Ivan Braga Faig, clínico geral e pneumologista, os números de casos de câncer em Garça são altos.
------- “Desde que cheguei em Garça, em 1984, achei que os números registrados na cidade eram altos. Na época achei que era em decorrência dos defensivos agrícolas utilizados (BHC)) que jogavam de avião nas propriedades de avião. Hoje não se tem mais esta postura, mas isso fica no meio ambiente por muitos anos”, colocou ele, dizendo que as possíveis causas da incidência de neoplasias malignas na cidade vêm sendo estudadas.
De acordo com dados do Hospital Amaral Carvalho, no período de 2000 a 2013, as neoplasias representaram a segunda causa de mortes em Garça, respondendo por 13,9 de todos os óbitos, e há uma prevalência em pessoas do sexo feminino no mesmo período.
Dados de morbidade da Secretaria de Saúde de Garça mostram que nos seis primeiros meses de 2014 os cânceres foram responsáveis por 7,79% dos óbitos registrados no período, neste ano o percentual subiu para 19,79%.
No primeiro semestre do ano passado foram registradas 154 mortes, sendo 75 mulheres e 79 homens.
Neste anos, entre janeiro e junho, foram 192 óbitos (aumento de 24,67%) sendo 87 mulheres e 105 homens. E os dados em Garça revelam que tanto no primeiro semestre do ano passado, quanto nos seis primeiros meses deste ano o número de óbitos entre pessoas do sexo masculino é maior.
Aumentam neoplasias de pulmão em mulheres
Entre 2000 e 2013 o percentual de óbitos por câncer entre as mulheres em Garça foi ligeiramente superior em relação aos homens (15% e 14,3% respectivamente), conforme os dados do Hospital Amaral Carvalho.
No entanto Júlia Kawasaki coloca que o maior número de pessoas diagnosticadas com câncer na cidade pertence ao sexo masculino e os cânceres de estômago e intestino vêm ocupando lugar de destaque. E foram as neoplasias de estômago que vitimaram mais homens entre os anos de 2000 e 2013. Entre os óbitos por câncer nos homens os principais tipos foram: estômago (11,6%), brônquios e pulmões (11,1%), próstata (9,8%), esôfago (9,5%) e laringe (6,7%) .
Já entre as mulheres garcenses, o câncer de mama que tanto assusta o sexo feminino e que compromete demais a autoestima, foi também o que fez mais vítimas. Os dados mostram que entre as mulheres, os principais tipos foram: mama (16,4%), brônquios e pulmões (10,1%), cólon (7,0%), útero SOE (6,3%) e estômago (5,6%).
Aumentaram casos de câncer de pulmão em mulheres
Em relação à idade, tanto no sexo masculino quanto no feminino, a faixa etária mais frequente foi de 80 anos ou mais (18,0% entre os homens e 19,5% entre as mulheres). No entanto o médico Francisco Faig chama a atenção pelo aumento no número de casos de câncer de pulmão em mulheres.
De acordo com o profissional os cânceres de pulmão são consequências, em sua maioria, do tabagismo. Nessa mesma linha também estão os cânceres de boca e esôfago.
------ “O tabagismo é o grande vilão, e o que estamos vendo é um aumento de casos de câncer de pulmão em mulheres e uma redução nos homens, isso porque está havendo uma mudança de hábitos. Ao passo que os homens estão tentando deixar o vício, as mulheres estão fumando mais. O tabagismo é um dos grandes agravantes, mas também temos a questão do diagnóstico tardio que acaba diminuindo a sobrevida das pessoas”, disse ele.
De acordo com o médico, o diagnóstico tardio às vezes se deve pelo fato da pessoa não procurar os serviços de saúde por não apresentar sintomas, e pela dificuldade nos serviços de saúde em diagnosticar o problema.
Faig comentou que depois de deixar o vício, o risco de contrair o câncer cai gradativamente, mas todo processo demora alguns anos.
------“Às vezes as pessoas que fumam vêm com o argumento de que conhecem alguém com 90 anos que fuma e que não tem câncer. Tudo bem. Você também conhece alguém que jogou na loteria e ganhou, no entanto são milhões que jogam e não ganham nada. Isso não serve para dados estatísticos”, disse o profissional.
E se o cigarro é o grande vilão no caso dos cânceres de pulmão, também o é no câncer de mama.
------ “No caso do câncer de mama a pessoa não deve fumar, nem beber. Na verdade a qualidade de vida é muito importante e pode fazer a diferença”, falou ele.
IBGE mostra que em sete anos neoplasias mataram mais de 100 garcenses
Os números, que sempre parecem tão impessoais e que identificam pessoas, se tornam assustadores. Talvez não seja pela quantidade, mas porque mostram que centenas de pessoas vem perdendo a guerra contra o câncer.
Aumentam neoplasias de pulmão em mulheres
Entre 2000 e 2013 o percentual de óbitos por câncer entre as mulheres em Garça foi ligeiramente superior em relação aos homens (15% e 14,3% respectivamente), conforme os dados do Hospital Amaral Carvalho.
No entanto Júlia Kawasaki coloca que o maior número de pessoas diagnosticadas com câncer na cidade pertence ao sexo masculino e os cânceres de estômago e intestino vêm ocupando lugar de destaque. E foram as neoplasias de estômago que vitimaram mais homens entre os anos de 2000 e 2013. Entre os óbitos por câncer nos homens os principais tipos foram: estômago (11,6%), brônquios e pulmões (11,1%), próstata (9,8%), esôfago (9,5%) e laringe (6,7%) .
Já entre as mulheres garcenses, o câncer de mama que tanto assusta o sexo feminino e que compromete demais a autoestima, foi também o que fez mais vítimas. Os dados mostram que entre as mulheres, os principais tipos foram: mama (16,4%), brônquios e pulmões (10,1%), cólon (7,0%), útero SOE (6,3%) e estômago (5,6%).
Aumentaram casos de câncer de pulmão em mulheres
Em relação à idade, tanto no sexo masculino quanto no feminino, a faixa etária mais frequente foi de 80 anos ou mais (18,0% entre os homens e 19,5% entre as mulheres). No entanto o médico Francisco Faig chama a atenção pelo aumento no número de casos de câncer de pulmão em mulheres.
De acordo com o profissional os cânceres de pulmão são consequências, em sua maioria, do tabagismo. Nessa mesma linha também estão os cânceres de boca e esôfago.
------ “O tabagismo é o grande vilão, e o que estamos vendo é um aumento de casos de câncer de pulmão em mulheres e uma redução nos homens, isso porque está havendo uma mudança de hábitos. Ao passo que os homens estão tentando deixar o vício, as mulheres estão fumando mais. O tabagismo é um dos grandes agravantes, mas também temos a questão do diagnóstico tardio que acaba diminuindo a sobrevida das pessoas”, disse ele.
De acordo com o médico, o diagnóstico tardio às vezes se deve pelo fato da pessoa não procurar os serviços de saúde por não apresentar sintomas, e pela dificuldade nos serviços de saúde em diagnosticar o problema.
Faig comentou que depois de deixar o vício, o risco de contrair o câncer cai gradativamente, mas todo processo demora alguns anos.
------“Às vezes as pessoas que fumam vêm com o argumento de que conhecem alguém com 90 anos que fuma e que não tem câncer. Tudo bem. Você também conhece alguém que jogou na loteria e ganhou, no entanto são milhões que jogam e não ganham nada. Isso não serve para dados estatísticos”, disse o profissional.
E se o cigarro é o grande vilão no caso dos cânceres de pulmão, também o é no câncer de mama.
------ “No caso do câncer de mama a pessoa não deve fumar, nem beber. Na verdade a qualidade de vida é muito importante e pode fazer a diferença”, falou ele.
IBGE mostra que em sete anos neoplasias mataram mais de 100 garcenses
Os números, que sempre parecem tão impessoais e que identificam pessoas, se tornam assustadores. Talvez não seja pela quantidade, mas porque mostram que centenas de pessoas vem perdendo a guerra contra o câncer.
Dados do IBGE mostram que em 9 anos (2005, 2006, 2007, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014) morreram 144 pessoas vitimadas pelas neoplasias ou tumores em Garça.
Nestes mesmos anos foram registrados 1.082 óbitos no geral, o que é acertado dizer que as neoplasias foram responsáveis por 13,30% dos óbitos registrados no período.
No caso das mulheres foram 500 óbitos, sendo 45 por neoplasias (9%).
Já os óbitos em pessoas do sexo masculino foram 582, sendo 64 por neoplasias/tumores (10,99%).
Na separação por sexo não estão contabilizados 35 óbitos por neoplasias registrados em 2005 (24) e 2006 (11), visto que o IBGE não traz a separação entre homens e mulheres. Em suas estatísticas o instituto também não traz dados referentes ao ano de 2008.
Doenças do aparelho circulatório também deixaram suas marcas
Confirmando os dados apresentados pelo Hospital Amaral Carvalho, as doenças do aparelho circulatório foram as que mais mataram os garcenses nos seis primeiros meses deste ano. Foram 47 mortes contra 29 ocorridas no mesmo período do ano passado - um aumento de 62,06% -.
Doenças do aparelho circulatório também deixaram suas marcas
Confirmando os dados apresentados pelo Hospital Amaral Carvalho, as doenças do aparelho circulatório foram as que mais mataram os garcenses nos seis primeiros meses deste ano. Foram 47 mortes contra 29 ocorridas no mesmo período do ano passado - um aumento de 62,06% -.
E entre as doenças do aparelho circulatório a hipertensão foi a que mais matou os garcenses, seguida das doenças isquêmicas do coração.
Segundo dados do “Amaral Carvalho”, no período de 2000 a 2013, as doenças do aparelho circulatório foram a principal causa de óbito na cidade de Garça (35,5%).
Em Garça as doenças do aparelho circulatório e as neoplasias foram as duas doenças que mais mataram nos seis primeiros meses de 2014 e 2015.
Em Garça as doenças do aparelho circulatório e as neoplasias foram as duas doenças que mais mataram nos seis primeiros meses de 2014 e 2015.
Mas as doenças cereborovasculares ganharam destaque nesse ranking.
Entre janeiro e junho de 2014 elas responderam por 8 óbitos e no mesmo período desse ano foram registradas 25 mortes. Um aumento de 212,5%.
Dados que preocupam.
De acordo com Francisco Faig, nessas doenças estão as hemorragias isquêmicas, os AVCs (Acidente Vascular Cerebral) ou derrame, como popularmente são chamados.
------ “São os AVCs, tanto os AVCI- Acidente vascular cerebral isquêmico – quanto os AVCH- Acidente vascular cerebral hemorrágico”, disse o médico explicando a diferença entre ambos.
No que diz respeito à hipertensão (pressão alta), Faig explicou que tem a essencial, cujas causas não são definidas e as secundárias.
“O problema é que a hipertensão pode lesar outros órgãos como rins e coração, da mesma forma que um problema nesses órgãos pode resultar numa hipertensão. É o que chamamos de hipertensão secundária”, disse ele, completando que a qualidade de vida pode ser um diferencial nesses dados.
Sepultamentos
Nos seis primeiros meses deste ano foram sepultados no Cemitério Santa Faustina em Garça 92 mulheres e 123 homens e um nati- morto. No mesmo período do ano passado foram 65 homens, 68 mulheres e quatro natimortos. Um aumento de 87,69% em relação aos homens e 35,25% das mulheres.
Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde de Garça, dos óbitos registrados no primeiro semestre deste ano foram 87 mulheres e 105 homens. No ano passado o órgão registrou 75 mortes de mulheres e 79 de homens, o que mostra, neste ano, um aumento de 16% e 32,9% respectivamente.
No que diz respeito à hipertensão (pressão alta), Faig explicou que tem a essencial, cujas causas não são definidas e as secundárias.
“O problema é que a hipertensão pode lesar outros órgãos como rins e coração, da mesma forma que um problema nesses órgãos pode resultar numa hipertensão. É o que chamamos de hipertensão secundária”, disse ele, completando que a qualidade de vida pode ser um diferencial nesses dados.
Sepultamentos
Nos seis primeiros meses deste ano foram sepultados no Cemitério Santa Faustina em Garça 92 mulheres e 123 homens e um nati- morto. No mesmo período do ano passado foram 65 homens, 68 mulheres e quatro natimortos. Um aumento de 87,69% em relação aos homens e 35,25% das mulheres.
Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde de Garça, dos óbitos registrados no primeiro semestre deste ano foram 87 mulheres e 105 homens. No ano passado o órgão registrou 75 mortes de mulheres e 79 de homens, o que mostra, neste ano, um aumento de 16% e 32,9% respectivamente.
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