Conheci Rita Pavone quando eu estudava em Itapetininga; nessa época, ela namorava com o Netinho, o baterista de Os Incríveis.
Não me lembro muito bem dos detalhes, só que nesse dia, a pequena pimentinha estava passeando em um sítio que ou era do Netinho ou de seus parentes que residiam em Itapetininga; dentre eles, a gerente da loja do meu saudoso tio Sílvio Livieri, que foi quem me levou junto com ela.
Nessa época, eu frequentava o Curso Normal na Escola Peixoto Gomide no período da noite. Muitas vezes tive que ficar na loja, principalmente quando havia aulas de Educação Física ou algum trabalho em grupo. Quer dizer, essas atividades aconteciam durante o dia e então, depois de realizadas, eu ficava na loja do meu tio no aguardo que a noite chegasse e eu pudesse assistir as aulas normalmente para só depois voltar a São Miguel Arcanjo com o ônibus dos estudantes.
Rita era uma menininha, uma belezinha, essa carinha de moleque sempre.
Depois da traição do namorado brasileiro, que ela nunca perdoou, casou na Suíça em 1968 com o também famoso na época Teddy Reno, seu empresário, que já era casado; oficializaram a união três anos depois na Itália.
Vivem juntos até hoje, ele com 91 anos e ela com 72.
Netinho, hoje ex-baterista de Os Incríveis, Joelho de Porco e Casa das Máquinas, lançou um livro autobiográfico ao completar 63 anos de idade.
Chama-se NETINHO - Minha História ao Lado das Baquetas.
No lançamento, o músico reuniu as bandas Os Incríveis e Casa das Máquinas e todos tocaram sucessos das suas épocas, como O Vagabundo, O Milionário, O Vendedor de Bananas, Vou Morar no Ar, Casa de Rock e Lar de Maravilhas.
---------------- "Não chega a ser um livro autobiográfico, porque eu não contei tudo. Mas é um belo apanhado da minha história", diz Netinho, que se orgulha de alardear que nasceu na cidade de Itariri, no litoral paulista - nome tupi-guarani cujo significado é "pedras rolantes".
"Digo que sou um Rolling Stone de nascença", brinca.
Porque a frase "rolling stones" quer dizer pedras rolantes.
No livro conta, por exemplo,
quando namorou a cantora Rita Pavone, musa italiana de sua época.
"Ela era uma espécie de Madonna. Eu era o Jesus Luz dela." Na época, os dois estavam com quase 20 anos e a popstar convidou a banda Os Incríveis para excursionar por 35 cidades da Europa.
O que era para ser uma turnê de quase seis meses foi reduzida para apenas um. "Pisei na bola e saí com outra garota, a também cantora Mary di Pietro. A Rita descobriu e foi um escândalo. Saí na capa de várias revistas por causa disso", lembra.
Essa e outras histórias transformaram o livro numa gostosa viagem pelos primórdios do rock nacional.
As informações são do Jornal da Tarde.
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