Doria usa Anvisa para justificar exclusão de quilombolas do grupo prioritário da vacinação contra Covid-19.
Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo diz que quilombolas foram excluídos porque a Anvisa não teria autorizado o uso emergencial da CoronaVac nesta população. Agência nega
Por Plinio Teodoro/REVISTA FÓRUM.
João Doria (PSDB) mostra dose da CoronaVac em entrevista coletiva (Foto Divulgação/Governo do Estado de SP)
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), alegou que segue orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para retirar mais de 50 comunidades remanescentes de quilombolas do grupo prioritário do plano estadual de vacinação contra a Covid-19.
Segundo o portal G1, a Secretaria de Saúde de São Paulo informou por telefone à reportagem “que o grupo foi excluído da primeira etapa de vacinação porque a Anvisa não teria autorizado o uso emergencial da CoronaVac nesta população”.
A Anvisa, no entanto, nega e garante que há nenhuma restrição para aplicação do imunizante de forma prioritária entre os quilombolas, que estão listados no plano nacional de vacinação, divulgado pelo governo Jair Bolsonaro no final de dezembro.
O estado de São Paulo tem 51 comunidades reconhecidas como remanescentes de quilombos, de acordo com dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), em regiões como o Vale do Ribeira e o Litoral Norte do estado.
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