terça-feira, 26 de outubro de 2021

UM "SERIAL KILLER" CHAMADO BOLSONARO.

 

Relator da CPI da Covid, Renan chama Bolsonaro de “serial killer”; Queiroga enfrenta protesto em Lisboa.
Por Redação Ucho.Info/26 de outubro de 2021



Nesta terça-feira (26), momentos antes da última sessão da CPI da Covid, que durante meses funcionou no Senado Federal, o relator das investigações, senador Renan Calheiros (MDB-AL), falou com jornalistas e chamou o presidente Jair Bolsonaro de “serial killer”. 
O parlamentar alagoano, que participa da votação do relatório final, afirmou que Bolsonaro não tem respeito com “a vida dos brasileiros”.
Calheiros comentou a declaração de Bolsonaro, feita em transmissão ao vido pela internet, na última quinta-feira (21), em que associou falsamente as vacinas contra a Covid-19 e a AIDS.
A “live” do presidente da República foi incialmente retirada das plataformas Facebook e Instagram por disseminar informações falsas sobre a Covid-19. Na sequência, o e YouTube também retirou o vídeo, não sem antes suspender a conta de Bolsonaro por sete dias. Nesse período, o chefe do Executivo federal não poderá fazer qualquer publicação.
A declaração de Bolsonaro, que teve como base informações falsas divulgadas por sites ligados à extrema direita, fez com que a CPI da Covid incluísse no relatório final um pedido para afastar o presidente de todas as redes sociais.
Na opinião do senador Renan Calheiros, a responsabilidade pelas mais de 600 mil mortes por Covid-19 no Brasil é de “muita gente”, mas em especial de Bolsonaro.
“Essa responsabilidade é de muita gente, tem muitos indicados, mas ela é principalmente desse presidente, desse serial killer, que tem compulsão de morte e continua a repetir tudo o que fez anteriormente. Agora com a declaração de que a vacina pode proporcionar Aids, ele demonstra claramente que não tem respeito nenhum com a vida dos brasileiros”, afirmou Renan.
Não fosse o negacionismo criminoso de Bolsonaro, que postergou a compra de vacinas e defendeu a imunização de rebanho a partir da contaminação em massa da população, aos menos 400 mil vidas teriam sido poupadas.

Vexame internacional
Apesar dessa trágica realidade, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, um dos subservientes de plantão, teve a ousadia de participar de palestra na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, cujo tema é “Ações do Brasil no enfrentamento da Covid-19”.
Queiroga, que rasgou o diploma de médico para se alinhar ao negacionismo torpe do presidente da República, foi recebido na instituição educacional com protestos de brasileiros que vivem em Portugal. O “Coletivo Andorinha – Frente Democrática Brasileira de Lisboa” convocou a manifestação ao saber que a faculdade lisboeta havia mantido o convite ao cardiologista.
“Lamentável postura de uma instituição de ensino que, ao evocar liberdade acadêmica, promove um cúmplice da morte de mais de 600 mil brasileiros e brasileiras. Por este motivo, estaremos presentes, recebendo o Ministro da Morte do modo que ele merece, como já divulgado anteriormente”, escreveu o movimento em sua página no Facebook.

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