quarta-feira, 25 de abril de 2012

ÁGUIA OU GALINHA?


A cada principiar da fome política que ataca a cada quatro anos a vida social, algumas pessoas começam a mostrarem-se felizes por antever mudanças. Esquecem, porém, que uma eleição se faz num dia, embora a labuta tenha início desde a posse de uma nova legislatura.
Resta que a dinâmica social é uma só, mas representada por duas atitudes: ou se é conservador ou se é progressista.
Lembrando Leonardo Boff, o conservadorismo é normalmente a ideologia das classes dominantes.
Não raro realizam uma modernização conservadora de tecnologias modernas, mantendo inalterada a estrutura das desigualdades sociais, pois à La Boff, qualquer mudança pode prejudicar ainda mais aquilo que já está meio apodrecido.
É a visão fixa da realidade. É a resignação puramente estática. Como se sempre trazendo antigas promessas e revigorando-as, para que possam prosperar.
Devido a esse movimento de promessas, a realidade não percebe e nem concebe transformações.
É como uma galinha contente com o seu próprio terreiro, afirma Boff.
Os grupos progressistas, por sua vez, sempre agem, porém, como acontece em meu município, os progressistas são só de fachada: identificam as possibilidades viáveis para que haja transformações, abrem-se para o novo, aglutinam forças, reunem-se, criam grupos de conscientização, buscam novas ideias, desenvolvem pedagogias populares, tentam fazer com que os próprios oprimidos e aqueles que ainda não tiveram vez planejem juntos ações de mudanças sociais.
Como diz ainda Leonardo Boff, é a águia abrindo espaços de liberdade.
Com toda a sua grandeza, porém, as águias até hoje não conseguiram dominar o terreiro das galinhas.
Pelo menos em São Miguel Arcanjo.
Seria o propósito das águias hipócrita demais?

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