Se eu chegar a ser velho e tão cansado
Que de tão velho, nem possa mais andar
Hei de relembrar o meu passado
E com saudades sempre o evocar...
Relembrarei esse tempo aventurado
Quando moço feliz... e cruzador
Cruzava o rincão do pago amado
Não sentindo sequer um dissabor...
Mas peço a Deus em humilde prece
Que não viva até quando em nós falece
Todo o sonho sem mais um acalentar...
Morrer não muito velho é ter ventura
É levar consigo à sepultura
As ilusões que a vida fez amar...
Passo Fundo - Maio de 1951
(Arquivo Pessoal de Marilia Gudolle C. Göttens)
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