Tal como dizia meu avô, o homem, esse enigma indecifrável e misterioso que o Criador jogou do alto de sua sabedoria infinita ao abismo deste inferno a que se deu a muito interessante denominação de mundo, está sujeito às leis naturais de evolução e involução tanto quanto se há observado em confronto com todos os demais participantes da imensa e dramática comédia em que degenerou o plano admirável da Divindade, traçado para um fim diametralmente disposto.
Assim, e como dizia ainda o meu avô, os irracionais, do reino a que pertence o homem enigma e os componentes dos outros reinos em que se subdividiu a Natureza, tudo evolui até certa época para depois descarrilar, ou involuir, para os fenômenos da reintegração final no cadinho purificador do Cosmo.
Isto quanto à parte material ou física.
Pelo lado do abstrato, há também qualquer coisa a que se dá os nomes de sorte, felicidade, fortuna e outros, mas que também se acham sujeitos à lei fatal da evolução e da involução, com uma diferença, porém, que não deixa de ser interessante.
Esta ordem de fenômenos subordina-se a uma outra, a qual se poderá designar pela ação e reação.
No primeiro caso, os agentes naturais não sofrem modificação alguma, nem operam obstáculos a sua continuidade de ação fatal sobre os elementos sob o seu domínio, isto é, nada poderá involuir, sem evoluir primeiramente.
No segundo caso, porém, observam-se fatos contrários.
O indivíduo sujeito à ação e reação pode estar, desde o princípio da existência, exposto a uma ou a outra coisa, independentemente.
Assim, aquele que nasce na pobreza e cresce sofrendo as dores da miséria e do caiporismo (involução) pode, depois de certo período, por um fenômeno de reação, tornar-se abastado e feliz (evolução).
Portanto, não se desespere da má sorte, pois a ação provoca sempre uma reação em contrário.
Como dizia meu avô, estejamos sempre prevenidos.
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