quinta-feira, 15 de março de 2012

NA FAZENDA SÃO MIGUEL


É para lá que a prefeitura mandou levar uma parte do acervo próprio e a biblioteca da Associação Casa do Sertanista de São Miguel Arcanjo, com mais de 15 mil volumes, por ocasião do despejo de um prédio cedido pela mesma e pertencente à falida  Associação dos Produtores.
Despejaram para que montassem lá um restaurante na última Festa da Uva.
Pena que a presidente da entidade seja uma professora bastante humilde que teme buscar pelos seus direitos.
O que vimos lá foi de cortar o coração.
Um acervo pelo qual lutei tanto para conservar, resgate que fiz junto à comunidade sãomiguelense, revê-lo assim jogado no chão, amontoado como se fora uma montanha de papel numa sala fétida, suja, cuja porta não possui nem fechadura, dentro de um prédio onde durante a noite até o gado vem pernoitar.
A varanda que o circunda, é só excrementos.
Morcegos fazem seus ninhos nos banheiros da casa que num passado brilhante deveria ter sido maravilhosa; tinha até ar condicionado.
Uma das janelas de vidro acha-se quebrada e qualquer pessoa pode entrar ali sem que os residentes, que ficam lá nos fundos,  percebam.
Esse imóvel virou depósito da Prefeitura local. 
Encontram-se lá desde enfeites de Natal, até bancos escolares, estantes, geladeiras, mesas, arquivos, computadores, armários, cadeiras, calculadoras, etc.
Materiais inservíveis?
Ou estão lá para apodrecerem mesmo?
Quem sabia das reais intenções da administração Mossin/ Ari Rosa/ Hélio Mori?
Quem sabia das reais capacidades dos secretários e dos chefes de departamentos municipais convocados por esse governo que ora expira em São Miguel Arcanjo?  

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